O Ministério da Saúde cortou a verba destinada a ações diretas da pasta para o combate à epidemia da Covid-19, como compra de respiradores, equipamentos de proteção individual e insumos. De R$ 10,3 bilhões previstos inicialmente, ela baixou agora para R$ 7,6 bilhões.
ATALHO
Parte dos recursos foi deslocada para a transferência de dinheiro para estados e municípios promoverem ações de saúde. A medida coincide com a busca de apoio do governo de Jair Bolsonaro no chamado “centrão”. No Congresso, já há disputa entre os parlamentares por essas verbas.
ALTOS...
O ritmo dos gastos também segue lento. Passados cinco meses da explosão do novo coronavírus no Brasil e com a infecção aparentemente chegando ao pico, com milhares de mortes, 48% dos R$ 39 bilhões de recursos reservados (que corresponde à soma de ações diretas e transferências para estados e municípios) foram desembolsados até agora.
... E BAIXOS
“Neste ritmo, esse dinheiro só será gasto lá pelo fim do ano. Enquanto isso, a epidemia corre solta”, diz o economista Francisco Funcia, da comissão de orçamento e financiamento do CNS.
ALERTA
O CNS já emitiu recomendação para que o presidente Jair Bolsonaro adote “medidas corretivas urgentes que promovam a execução orçamentária e financeira do Ministério da Saúde com a celeridade requerida pela situação de emergência sanitária”.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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