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OAB pede investigação contra juíza que afirmou que réu negro era de grupo criminoso 'em razão de sua raça'

Presidente da entidade afirma que decisão é intolerável e vai ao CNJ contra magistrada

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A OAB vai entrar com uma representação no CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pedindo que o órgão abra uma investigação para apurar crime de racismo cometido pela juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba.

Ela condenou um homem negro a 14 anos de prisão por organização criminosa e por cometer furtos no centro de Curitiba.

Na decisão, a magistrada escreveu que o suspeito é "seguramente integrante de grupo criminoso, em razão de sua raça".

"É inadmissível e intolerável. Racismo é crime inafiançável", diz o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz.

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz - Mathilde Missioneiro/Folhapress

O CNJ pode abrir um procedimento disciplinar para investigar a conduta da juíza.

A OAB do Paraná já havia se manifestado, por meio de uma nota, dizendo que vai protocolar pedido de providências solicitando a abertura de procedimento administrativo no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para a apuração dos fatos.

"A decisão é inaceitável, imprópria e inadequada. Ela está na contramão de tudo o que buscamos e queremos. Lutamos por igualdade, queremos o fim do preconceito e não sua disseminação", diz a nota da entidade.

"Essa sentença ​retroage centenas de anos. Julgar alguém pela cor é de um retrocesso que merece toda a repulsa. Cor não revela caráter", disse ainda o presidente da entidade no Paraná, Cássio Telles.

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