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Fã da Legião Urbana se passou por jornalista da Reuters para negociar gravação inédita

Polícia Civil do Rio realizou operação de busca e apreensão de supostos materias do vocalista Renato Russo

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Um fã da banda Legião Urbana que administrava a página do Facebook "Arquivo Legião" por meio de um perfil falso tentou negociar um material inédito do vocalista da banda, Renato Russo, se passando por um jornalista da agência internacional de notícias Thomson Reuters.

Criada na década de 1980, a banda voltou ao noticiário na segunda-feira (26) após uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro apreender material supostamente inédito na casa do produtor musical Marcelo Froes. O pivô da operação, no entanto, seria Josivaldo Bezerra da Cruz Junior, que administrava a fanpage no Facebook e teria tido conversas com Froes.

Em janeiro de 2016, Junior, que se apresentava nas redes sociais como Ana Paula Ulrich, entrou em contato com o filho de Renato Russo, Giuliano Manfredini, afirmando ter gravações inéditas do vocalista com o músico André Pretorius, também falecido.

Renato Russo no final dos anos 1980, em Brasília - Acervo Legião Urbana Produções Artísticas

O fã tentou oferecer a Giuliano o material sob a condição de que a agência em que supostamente trabalhava tivesse direitos sobre o arquivo para a produção de conteúdos.

Giuliano já tinha acesso ao mesmo material por meio do jornalista Carlos Marcelo Carvalho, e a tentativa de negociação levantou suspeita de que pudesse estar em andamento um crime de receptação dos arquivos do pai. A partir disso, foi aberta uma investigação.

O produtor Marcelo Froes, que teve apreendidos HDs, computador e celular na Operação "Será" na segunda (26), diz que apenas trocou mensagens com o fã e nega participar de qualquer iniciativa criminosa.

Inéditos Renato Russo caso de polícia
Polícia apreendeu supostas canções inéditas de Renato Russo, nesta segunda-feira (26), em estúdio usado pelo artista no Rio de Janeiro (RJ) - Reprodução

Antes da operação, a defesa de Manfredini havia pedido, neste ano, que Froes fosse chamado para as oitivas do caso, a fim de colaborar com as investigações e explicar sua relação com o perfil de Ana Paula Ulrich, e não que houvesse busca e apreensão em sua casa.

Nesta terça (27), o produtor musical Carlos Trilha lamentou que a morte de Renato Russo tenha conduzido sua obra a "pessoas de critério artístico duvidoso que nunca estiveram próximas a ele" e afirmou que Froes nunca trabalhou com o líder da Legião Urbana. "Renato Russo só teve um produtor musical e ele se chama Carlos Trilha", escreveu nas redes sociais.

A publicação de Trilha desmente versões segundo as quais o estúdio de Marcelo Froes teria sido usado pelo artista em seus últimos anos de vida.

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