A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro determinou que a empresa Atacadão, do grupo Carrefour Brasil, adote medidas contra atos discriminatórios praticados por funcionários no ambiente de trabalho.
INTOLERÂNCIA
A decisão, liminar, baseia-se em ação movida pelo Ministério Público do Trabalho após denúncias de racismo e intolerância religiosa feitas por uma funcionária de uma loja da rede em Santa Cruz, na zona oeste do Rio.
HOSTILIDADE
A auxiliar de cozinha Nataly Ventura foi demitida da empresa em agosto. Ela, que é negra, alega ter sido hostilizada por colegas do mercado —um deles escreveu “só para branco usar” em um avental de trabalho.
SAÍDA
Segundo a ação, Nataly chegou a denunciar o ocorrido à sua chefia, que ordenou que a ofensa fosse apagada pelo trabalhador responsável pelo ato. Posteriormente, a vítima foi desligada da empresa.
PROVIDÊNCIAS
A decisão judicial diz que a empresa deverá aplicar sanções disciplinares efetivas a empregados que pratiquem qualquer forma de discriminação contra seus colegas. A empresa também deverá estabelecer meio para receber e apurar denúncias sobre racismo e instaurar política de combate à discriminação em suas dependências —sob pena de multa de R$ 100 mil por cada obrigação descumprida. Cabe recurso.
DE OLHO
Por meio de nota, o Atacadão diz que a decisão impõe obrigações que já são cumpridas e observadas por eles. A empresa afirma que repudia qualquer tipo de discriminação, e que conta com um canal exclusivo para denúncias.
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QUARENTENA
IVAN FINOTTI (interino) com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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