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Governo Bolsonaro deve assinar em janeiro convênio com entidade para gerenciar Cinemateca

Convênio terá duração de 90 dias e, segundo nota divulgada pela Secretaria de Cultura, permitirá a retomada de 40 postos de trabalho na instituição

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A Secretaria Especial da Cultura do governo federal anunciou nesta quinta (31) que deve assinar convênio com a entidade Sociedade Amigos da Cinemateca para gerenciar temporariamente a Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

O convênio terá duração de 90 dias e, segundo nota divulgada pela pasta, permitirá a retomada de 40 postos de trabalho na instituição. Ele deve ser assinado na primeira quinzena de janeiro.

"A Secretaria Especial da Cultura e a Sociedade Amigos da Cinemateca estão finalizando os instrumentos legais com a finalidade de retomar mais de 40 postos de trabalho que permitam dar continuidade às atividades básicas (ou primordiais) de preservação do acervo da Cinemateca Brasileira", diz publicação no perfil da pasta no Instagram.

"A previsão é que os instrumentos legais para tal sejam finalizados na primeira quinzena de janeiro, de modo que, ainda no mês de janeiro, sejam retomadas as atividades de preservação e difusão em caráter temporário", segue o texto.

Ainda de acordo com a secretaria, o convênio "não suspende o chamamento público para nova organização social que se encontra em tramitação e que deve ter seu edital publicado em breve".

A decisão foi comemorada por representantes do setor. "Festejemos essa vitória suada do Cinema Brasileiro que verga mas não se dobra; que morre, mas renasce mais forte. Assim tem sido a nossa história. Não que nos conformemos com essa condição cíclica que um dia tem que acabar", escreveu o cineasta Roberto Gervitz, coordenador do grupo SOS Cinemateca.​

A decisão vai preencher um vácuo deixado após a União não ter renovado contrato com a Acerp, a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, que, além da Cinemateca, também gerenciava a TV Escola. É o que dizem pessoas familiarizadas com a entidade.

Desde dezembro do ano passado a Acerp não recebia recursos do governo federal. O seu contrato com a União previa o recebimento de R$ 12 milhões.

Em agosto, o secretário especial da Cultura do governo Federal, Mario Frias, enviou um ofício à associação pedindo "a entrega das chaves". Dois dias depois, a Polícia Federal acompanhou representantes da Secretaria Especial da Cultura em uma operação na Cinemateca. Na ocasião, o Ministério do Turismo afirmou que o episódio finalizava "processo de transferência de posse para a União".

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