O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) contestou carta que foi protocolada por 14 ex-presidentes do órgão pedindo que o conselho tome medidas legais e administrativas contra profissionais que divulgam informações falsas sobre o tratamento e a prevenção da Covid-19.
"Não é verdade que o conselho não tem se pronunciado nem se posicionado em relação às más práticas médicas e à vacinação, durante a pandemia", diz o Cremesp em nota enviada à coluna. "Além de fiscalizações, o órgão interditou cautelarmente e está investigando profissionais que disseminavam fake news e falsos tratamentos", segue o texto.
Os ex-presidentes do órgão também pedem na carta que o Cremesp se posicione "enfaticamente a favor da ciência médica e da vacinação contra a Covid-19".
Eles afirmam que o Cremesp não fez até agora "qualquer pronunciamento" contra a prática de médicos que "têm promovido medicamentos sem qualquer evidência científica para prevenir e tratar a Covid-19, além de contestarem medidas comprovadamente eficazes, como o uso de máscaras, o distanciamento social e, agora, as vacinas".
"O Cremesp foi pioneiro, já no início da pandemia, ao criar uma câmara técnica temática e um hotsite exclusivo sobre Covid-19, com orientações, das mais diversas, aos médicos, além de promover lives com inúmeros especialistas, inclusive sobre as vacinas em desenvolvimento, recentemente", afirma o conselho.
"O conselho informa que repudia veementemente a disseminação de fake news, que colocam em risco a vida da população, que já tomou providências cujas investigações tramitam sob sigilo determinado por lei, e reafirma seu papel junto à classe médica para garantir a prática da boa medicina", segue o Cremesp.
Leia a íntegra da nota do Cremesp:
"O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) esclarece, primeiramente, que não foi consultado sobre matéria "Ex-presidentes do Cremesp exigem que conselho puna médicos que divulgam 'desinformação catastrófica' sobre a vacina contra Covid-19", na coluna da Mônica Bergamo, do Folha de S.Paulo online, em 12 de janeiro de 2021.
Não é verdade que o Conselho não tem se pronunciado nem se posicionado em relação às más práticas médicas e à vacinação, durante a pandemia. Além de fiscalizações, o órgão interditou cautelarmente e está investigando profissionais que disseminavam fake news e falsos tratamentos, como o soro da imunidade, por exemplo, como já noticiou esta mesma coluna.
O Cremesp foi pioneiro, já no início da pandemia, ao criar uma Câmara Técnica Temática e um hotsite exclusivo sobre covid-19, com orientações, das mais diversas, aos médicos, além de promover lives com inúmeros especialistas, inclusive sobre as vacinas em desenvolvimento, recentemente. O Conselho também enviou ofício ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, oferecendo suas estruturas físicas para a vacinação de médicos.
Apesar de todas as adversidades geradas pela pandemia, o Conselho buscou contribuir com a melhor atuação médica, emitiu 6.644 novos registros profissionais e 4.811 de empresas, informatizou e facilitou a solicitação de rodízio de veículos, por meio da implementação de uma plataforma online, e disponibilizou, gratuitamente, o 5Minute Consult, um aplicativo voltado à Medicina baseada em evidências, que tem o intuito de auxiliar o médico em diagnósticos mais precisos, entre outras ações.
Por fim, o Conselho informa que repudia veementemente a disseminação de fake news, que colocam em risco a vida da população, que já tomou providências cujas investigações tramitam sob sigilo determinado por lei, e reafirma seu papel junto à classe médica para garantir a prática da boa Medicina."
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