Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Secretários de Saúde já esperam nova crise da vacina com falta de doses

Em alguns lugares elas devem acabar em três dias, prevê dirigente

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Os secretários de Saúde estaduais já esperam uma nova crise da vacina com a falta de doses suficientes para imunizar mesmo os profissionais de saúde de suas regiões.

De acordo com dirigentes ouvidos pela coluna, já é consenso, no Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), que as 6 milhões de doses distribuídas nesta segunda (18) pelo Ministério da Saúde vão acabar rapidamente.

Um deles chegou a dizer que elas vão durar apenas três dias em alguns estados.

Já a pressão, na ponta, segundo o mesmo secretário, vai se intensificar –sem perspectiva de chegada rápida de novos imunizantes para hospitais e postos de saúde dos municípios, e a alta de casos de Covid-19, a cobrança deve aumentar.

A enfermeira do hospital Emilio Ribas, Monica Calazans, é a primeira brasileira a ser vacinada pela Coronavac
A enfermeira do hospital Emilio Ribas, Monica Calazans, é a primeira brasileira a ser vacinada pela Coronavac - Eduardo Anizelli/Folhapress

Haverá, portanto, um intervalo largo de tempo entre a primeira fase da campanha, iniciada nesta segunda, e a distribuição de um segundo lote de vacinas.

O Instituto Butantan, por exemplo, tem apenas outras 4 milhões de doses já prontas para distribuição, e que ainda vão ser aprovadas pela Anvisa para poder ser disponibilizadas aos estados. O processo, agora, deve ser célere já que a análise mais aprofundada do imunizante foi feita no domingo (17). Mas o número de doses é insuficiente para uma ampla cobertura vacinal.

No total, a instituição deve disponibilizar 46 milhões de doses até março –as 6 milhões que começaram a ser distribuídas hoje, as outras 4 milhões que vão ser aprovadas e mais 36 milhões que ainda não estão prontas –pelo calendário, o Butantan tem até março para finalizá-las e depende da chegada do IFA, o princípio ativo da Coronavac, da China para produzi-las.

Já a vacina de Oxford/Astrazeneca só deve começar a ser disponibilizada em larga escala no Brasil depois de março pela Fiocruz.

O Ministério da Saúde tentou importar, da Índia, um primeiro lote de 2 milhões da vacina inglesa de forma emergencial. Fracassou num primeiro momento e segue em tratativas para efetuar a compra.

O número de doses, de qualquer forma, é pequeno para o tamanho da população brasileira.

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