A chegada dos insumos para a produção de cerca de 12 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, no sábado (27), deve dar início a um ciclo virtuoso de fabricação do imunizante no Brasil. “Superamos a fase de insegurança. Em abril, vamos ter dezenas de milhões de pessoas vacinadas”, diz Marco Krieger, vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que produzirá a vacina.
NO TOPO
“Vamos ser um dos países que mais vacinam no mundo”, acredita o cientista.
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Krieger afirma que a chegada constante de matéria-prima da China agora está assegurada, com data certa para a chegada de três lotes de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) em 12, 26 e 31 de março (permitindo a fabricação de 22,5 milhões de doses), outros três em 7, 21 e 29 de abril (somando mais 22,5 milhões) e de quatro em maio (para mais 30 milhões).
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Só com esses desembarques já estaria garantida, portanto, a fabricação de 75 milhões de doses.
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Há uma vantagem adicional: praticamente todas elas poderiam já ser aplicadas, como primeira dose, já que o intervalo para a segunda dose é de três meses. O tempo maior dispensaria, portanto, a necessidade de armazenamento preventivo pois haveria tempo de fabricação em quantidade suficiente para a segunda etapa de vacinação.
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No segundo semestre, a Fiocruz passará a fabricar o próprio IFA, tornando desnecessária a sua importação.
SOMA
Os novos lotes de vacina da Fiocruz vão se somar às que o Instituto Butantan já está disponibilizando para o Programa Nacional de Imunização (PNI). Até o fim de abril, ele entregará um total de 46 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde.
LERDO
O Brasil tem sido um dos países mais lentos na vacinação. Já imunizou até agora 3,97% da população, contra 93% de Israel, 30% do Reino Unido, 22,5% dos EUA, 17,5% do Chile, 7,7% da Espanha, 7,3% da Alemanha, 7,1% da Italia, 6,7% da França e 4,7% do Canadá, por exemplo.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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