Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Coronavírus

Bolsonarista compara ações do governo 'Ditadoria' a medidas nazistas e pede habeas corpus contra restrições da Covid-19

Empresário investigado pelo STF, Otávio Fakhoury diz adotar as medidas sanitárias de precaução

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O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury, 48, protocolou na Justiça de São Paulo um habeas corpus preventivo para "impedir que quaisquer agentes policiais, a mando do Ditadoria" lhe "proíbam de circular livremente e a qualquer hora pela cidade e estado de SP".

"O governador fez uma série de anúncios, deu entrevista anunciando fase roxa, que ele iria incluir forças policiais para impedir a circulação de pessoas. Como se fosse uma Gestapo [polícia secreta alemã] na época nazista", afirma Fakhoury à coluna.

Com a medida, Fakhoury pretende não ser impedido de sair de casa em eventuais medidas mais restritivas que venham a ser anunciadas pelo governador João Doria (PSDB) para o controle da epidemia de Covid-19 --na semana passada, o tucano, admitiu a possibilidade de lockdown no estado. "Isso viola os meus direitos constitucionais, de ir e vir. Acordo de madrugada várias vezes para ir visitar a minha propriedade rural fora de SP. E às vezes eu saio para casa de amigo e volto tarde."

Otávio Oscar Fakhoury, 47, começou seu ativismo político marchando pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT). Depois se entusiasmou com Jair Bolsonaro e se aproximou da tropa do hoje presidente.

No segundo semestre de 2019, foi convocado para depor na CPMI das Fake News no Congresso. Em 2020, ele se tornou alvo dos dois inquéritos em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal) que atingem aliados e apoiadores de Bolsonaro.

Foi tesoureiro do diretório paulista do PSL (antigo partido de Bolsonaro) em 2019. Além disso, ele é um dos idealizadores do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente pretende criar, mas não saiu do papel. '

"O meu intuito de me locomover não é para me aglomerar. Não estou indo para uma festinha na casa de alguém, colocar a vide de outros em risco. Estou me locomovendo por trabalho", diz ele sobre o pedido de habeas corpus. O empresário afirma estar atendendo às medidas sanitárias.

"Se eu estou dentro do meu carro, na rua, de máscara, não existe razão científica para não deixar a pessoa se mexer. A única pessoa que pode impedir alguém de ir para a rua é o presidente em um estado de sítio e ratificado pelo Congresso."

"Não quero ser constrangido no meio da rua por agente público do governador, que está agindo de forma tirânica", afirma o empresário.

Segundo ele, a ideia é protocolar pedidos semelhantes para beneficiar membros do Instituto Força Brasil, do qual Fakhoury é vice-presidente, em outros estados onde há medidas restritivas mais rígidas, como o Distrito Federal. ​

O empresário Otávio Oscar Fakhoury, alvo dos inquéritos do STF sobre fake news
O empresário Otávio Oscar Fakhoury, alvo dos inquéritos do STF sobre fake news - Zanone Fraissat/Folhapress

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