Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Internações de crianças e adolescentes aumentaram em 47% dos hospitais privados de SP por Covid-19

Pesquisa mostra que pacientes estão chegando em estado mais grave e ficando mais tempo nas UTIs; cirurgias e outros procedimentos estão sendo adiados

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Uma pesquisa do Sindicado dos Hospitais Privados de SP mostra que aumentou o número de crianças e adolescentes internados por Covid-19.

No total, 47% das instituições afirmaram que constataram um maior número de internações de pessoas dessa faixa da população. E 55% relatam que houve diminuição geral na faixa etária dos internados, que no ano passado tinham, em sua maioria, mais de 60 anos.

Os doentes estão também chegando com quadros mais graves e permanecem mais tempo nos hospitais, o que tem dificultado o fluxo de pacientes, gerando lotação máxima e fazendo com que o sistema fique perto de um colapso.

Segundo a pesquisa, 55% dos hospitais têm recebido "casos mais graves de Covid-19 e/ou com rápida progressão". E 46% relatam que houve aumento no tempo médio de permanência em UTI.

Dos 93 hospitais que participaram da pesquisa, 99% afirmam que aumentou o número de internações por Covid-19 nos 10 dias anteriores ao período pesquisado, 74% tiveram que aumentar o número de leitos clínicos destinados à Covid-19 nesse período e 89% dos hospitais aumentaram o número de leitos de UTI para atendimento da Covid-19.

A conclusão do levantamento mostra ainda que as taxas de ocupação dos leitos de UTI estão ainda mais altas: 82% dos hospitais pesquisados estão com taxas de ocupação de UTI entre 91% e 100%.

A grande maioria dos hospitais está cancelando ou adiando cirurgias ou outros procedimentos para receber pacientes de Covid-19.

Há um relato também de problemas que surgem no combate à epidemia.

Diz o relatório: "Em questão de múltipla escolha: 81,5% dos hospitais dizem que aumentou o preço dos EPIs; 79% relatam aumento nos preços dos medicamentos; 58% falta de profissionais da saúde; 39% dificuldade para repor estoques de medicamentos e EPIs; e 36% estão preocupados com o cancelamento de cirurgias eletivas e queda na receita. O principal motivo para a falta de profissionais é o aumento da demanda e abertura de novos leitos para Covid-19".

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