Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo

Pazuello desabafa, bate na mesa e diz que só sai do Ministério da Saúde porque não entrou no jogo político

Ele afirma que não abriu a porteira da pasta e por isso está sendo fritado

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, está contrariado com a possibilidade de sair da pasta.

A demissão dele já é dada como certa, e creditada à pressão que políticos do chamado Centrão têm feito sobre Jair Bolsonaro.

O Congresso ameaça até mesmo abrir uma CPI para investigar a gestão do general no ministério. Nesta segunda (15), o Senado aprovou a convocação dele para informar sobre oxigênio nos estados.

Em um desabafo feito a pelo menos dois interlocutores no fim de semana, o ainda ministro afirmou que está saindo porque não entra no jogo político. E por isso querem vê-lo pelas costas.

De acordo com relatos, ele chegou a bater na mesa em um momento de maior contrariedade.

O ministro afirma que é honesto, conhece os números e está fazendo uma boa gestão na Saúde, que vive uma crise sem precedentes por causa da epidemia do novo coronavírus.

E reforçou: está sendo "fritado" porque não abriu a porteira para políticos.

Na semana passada, quando surgiram notícias dizendo que ele estava doente e iria sair, o ministro desmentiu e emitiu nota afirmando: "Não estou doente, o presidente não pediu o meu cargo, mas o entregarei assim que o presidente pedir".

Ele voltou a repetirnesta segunda (15), em entrevista coletiva, que não sai do cargo espontaneamente. Só deixa a pasta se Bolsonaro pedir.

Pazuello tem bom relacionamento com Jair Bolsonaro, e sempre seguiu as determinações do presidente.

O desgaste pela nova onda da Covid-19 no país, e a pressão por sua saída, no entanto, fizeram Bolsonaro passar a sondar outras pessoas para assumirem a pasta.

No domingo (14), o presidente conversou com a cardiologista Ludhmila Hajjar e perguntou se ela gostaria de assumir o cargo. Pazuello participou da conversa.

A médica se entusiasmou em um primeiro momento.

A reação e os ataques de bolsonaristas a ela nas redes sociais, e a falta de um consenso com o presidente sobre as políticas a serem adotadas para o enfrentamento da epidemia, levaram Ludhmila a recusar a possibilidade.

Outros médicos estão sendo agora cotados, como os cardiologistas Marcelo Queiroga, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, José Antonio Franchini Ramires, professor titular do Incor (Instituto do Coração) e o deputado federal Luiz Antônio Teixeira Jr. (PP-RJ), ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro e atual presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.