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Governo não pode ser covil petista, diz vice-líder de Bolsonaro sobre indicação de Ludhmila para a Saúde

Pastor Marco Feliciano rebate presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre consenso político em torno da indicação

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O deputado pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP), vice-líder do governo no Congresso, partiu para o ataque à indicação da cardiologista Ludhmila Hajjar para o Ministério da Saúde.

Ela tem o apoio de ministros do governo, de magistrados e especialmente do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. No domingo (14), conversou com Jair Bolsonaro por três horas em Brasília.

“Acho um absurdo tentarem enganar o presidente Bolsonaro levando a ele o nome de uma médica que há pouco tempo atrás disse que Dilma é um exemplo. Exemplo de que? Só se for exemplo de tudo aquilo contra o que lutamos", afirma o parlamentar.

Ele se refere a um vídeo que circula na internet em que Ludhmila participa de uma live com Dilma.
"Se essa senhora for nomeada nós, os conservadores, vamos perder o discurso. E não há nada mais ingrato do que fazer política sem discurso. Quem levou essa ideia para o presidente se tentou acertar, errou, pois depõe contra o que o presidente luta e pelo que sua base conservadora almeja".

"Eu sou contra isso e penso que o presidente ao saber da vida pregressa dessa médica estará refletindo na arapuca que estão montando", segue Feliciano.

Ludhmila é a favor da vacinação em massa da população para combater a Covid-19. Apoia medidas de isolamento social e já participou de estudos que desmentiram a eficácia de medicamentos em tratamento precoce da doença –e que são defendidos por Bolsonaro e seus seguidores.

Feliciano afirma também que Arthur Lira erra ao dizer que o nome da cardiologista tem apoio unânime na política.

"Ontem vi meu presidente Arthur Lira, de quem fui um apoiador de primeira hora, dizer à Folha que Ludhmila é unanimidade na política. Ou ele não me considera parte da política ou se esqueceu de consultar os aliados. Político experiente ele está se esquecendo da primeira regra do ofício: ouvir os liderados. Não quero me arrepender de tê-lo apresentado ao presidente Bolsonaro. Pois o governo não pode se transformar em um covil petista”, finaliza o parlamentar.

No domingo (14), Lira disse à coluna Painel que a médica "vai ser ponte de todos os Poderes e setores". "Contará 100 % comigo", afirmou ele. "Ela é unanimidade na política e em outros setores".

Feliciano é ligado a Bolsonaro e costuma se alinhar com o Palácio do Planalto antes de fazer declarações públicas sobre temas de governo.

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