Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Bancada evangélica apoia Feliciano depois de divulgação de vídeo em que ele pedia voto para Dilma

Deputado criticou nomeação do governo federal para a presidência da Capes

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A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) divulgou nota apoiando o deputado Pastor Marco Feliciano (Republicanos-SP) após a divulgação para parlamentares de um vídeo de 2010 em que Feliciano pede votos para a então candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT).

​A bancada credita a disseminação das imagens ao ministro da Educação, Milton Ribeiro. A coluna apurou que o deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) foi um dos que recebeu o conteúdo —ele mostrou o celular com a mensagem do ministro em encontro da FPE.

Na mesma nota, a Frente Parlamentar Evangélica também afirma que apesar de ser majoritariamente governista, "tem o dever" de alertar o governo federal sobre "eventuais incongruências".

O texto aponta que Feliciano vem sofrendo "perseguições e acusações injustas" após "denunciar e pedir providências a ações do governo federal com as quais discordava, especialmente em relação a nomeações em órgãos relacionados à educação".

A FPE se refere à crítica de Feliciano à escolha de Claudia Mansani Queda de Toledo para a presidência da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

"Eu coloquei aqui na minha camisa: sou cristão e voto em Dilma", afirma o deputado na gravação. Na mesma filmagem, Feliciano também diz "Eu acredito que no dia 31 de outubro nós vamos eleger Dilma Rousseff presidente desse nosso país e o país vai continuar crescendo. Vocês concordam comigo?" e "Vamos mostrar como é que se faz democracia. Dilma Rousseff presidente do Brasil".

Em sua campanha, Dilma recebeu apoio de líderes evangélicos de 15 igrejas.

"A FPE é composta por parlamentares que, não obstante sejam em grande parte base do Governo, têm o dever constitucional de fiscalizar as ações do Executivo e alertá-lo para eventuais incongruências", afirma a nota do grupo evangélico divulgada na segunda (26).

"Discordâncias não nos tornam opositores, mas, na verdade, aliados! Buscamos implementação de melhores políticas públicas alinhadas com aqueles que apoiam o governo", segue o texto.

"Neste sentido, reafirmamos que o papel institucional da FPE é lutar pelos valores e pautas cristãs e, ainda, apoiar seus membros no livre exercício do mandato. Desta forma, reiteramos toda solidariedade ao Deputado e o compromisso de continuaremos a lutar em prol do Brasil", conclui a nota.

No dia 16 de abril, Feliciano divulgou comunicado afirmando que "a doutora Claudia de Toledo, que agora será responsável pela formação de todos os professores universitários do Brasil, chama Paulo Freire de gênio, defende o ensino da ideologia de gênero, do feminismo e da pauta LGBT nas escolas e ainda ataca o presidente Bolsonaro, chamando-o veladamente de totalitário e de falso messias".

Ele se referia a textos que têm Queda como autora e trazem trechos como "isso não deixa dúvida de que somos seres em constante e ininterrupta construção ou, nas palavras do gênio simples de Paulo Freire, seres em estado de transição".

O parlamentar chegou a prometer que deixaria o cargo de vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara caso a nomeação de Claudia para a direção da Capes fosse mantida pelo governo federal. Nesta segunda (26), porém, ele afirmou que decidirá sobre isso após reunião com ministro da Educação, Milton Ribeiro, que abriu diálogo com Feliciano sobre o tema —os dois devem se encontrar nesta semana.

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