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Kátia Abreu diz que não vai 'permitir negociata' com embaixada para blindar Bolsonaro no TCU

Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, ela afirma que colegiado vai barrar eventual indicação

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A senadora Kátia Abreu (PP-TO) afirmou que a Comissão de Relações Exteriores do Senado, que ela preside, não vai aprovar a eventual indicação do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro para a embaixada de Portugal, caso ela seja confirmada.

A coluna apurou que Carreiro comunicou ao senador Renan Calheiros e ao ex-presidente José Sarney que pode deixar o TCU para assumir o posto diplomático, abrindo vaga para que o presidente Jair Bolsonaro indique um novo ministro e forme maioria a favor do governo.

A senadora Kátia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado
A senadora Kátia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado - Raul Spinassé-25.fev.2021/Folhapress

A possibilidade foi entendida por senadores como manobra do governo para se blindar de uma acusação de crime de responsabilidade por causa da sanção do Orçamento de 2021.

"Conheço o ministro Carreiro e custo a crer que isso é verdade. Mas, caso seja, não vamos permitir uma negociata dessas, envolvendo uma embaixada. Não há vaga no TCU. O mandato de Carreiro termina em 2023", afirma ela.

Assim que recebeu a informação de eventual troca, Renan Calheiros abriu fogo no Twitter.

"O orçamento atual é um verdadeiro tour de france. Festival de irregularidades e sequestro de R$ 51 bi para emendas parlamentares e do ex-relator. Trocar ministro do TCU para tentar driblar a inconstitucionalidade do que foi aprovado pelo Congresso é absurdo", escreveu ele na rede social.

Um dos nomes aventados para o lugar de Carreiro é o do senador Antonio Anastasia (PSD-MG).

Procurado, o ministro Carreiro não respondeu às ligações da coluna.

Na semana passada, o Ministério Público junto ao TCU pediu que o órgão de controle emita um alerta preventivo de que a sanção do Orçamento de 2021 poderia levar o presidente Jair Bolsonaro a responder por crime de responsabilidade.

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