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Centrais sindicais convocam para mobilização contra Bolsonaro em 19 de junho

No dia 18, haverá assembleias e paralisações em locais de trabalho

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Centrais sindicais resolveram apoiar a mobilização nacional contra o presidente Jair Bolsonaro convocada para o dia 19 de junho. A participação desses grupos engrossa o ato que entidades de esquerda já haviam chamado para a mesma data.

Antes, no dia 18, os mesmos grupos sindicais estão mobilizando assembleias, atos, panfletagens e paralisações pontuais em locais de trabalho e terminais de transporte público. Essas iniciativas também servirão para conscientizar os participantes sobre medidas de precaução contra a Covid-19 a serem adotadas nos atos do dia posterior.

O protesto do dia 19 recebeu nesta quarta (9) o apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Intersindical (Central da Classe Trabalhadora) e Coordenação da Intersindical.

"Investimos na construção da unidade como um movimento de aproximações, de busca de convergências e de caminhos para promover uma agenda comum", diz Sérgio Nobre, presidente da CUT. ​

“As centrais tomaram a decisão, pois chegamos no limite. Bolsonaro se mostra a cada dia que é mais letal que o virus", afirma Antonio Neto, presidente da CSB. "Vamos organizar a luta no dia 18 para tomarmos as ruas no dia 19 pelo Impeachment desse genocida e desse governo da morte.”

"A pandemia já ceifou a vida de quase meio milhão de pessoas no Brasil. São vidas que poderiam ser preservadas se tivéssemos um governo responsável e não um governo negacionista", alega Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

"A pandemia do coronavírus, que já tirou a vida de quase meio milhão de brasileiros e brasileiras ante a incompetência do governo federal, segue um risco à população, que deve evitar aglomeração durante protestos e manifestações. Porém, é preciso dar capilaridade às mobilizações, envolvendo todos os trabalhadores e trabalhadoras na luta dos sindicatos e das demais organizações populares para avançarmos na construção de um país democrático e no combate à prática de destruição das nossas instituições e dos nossos direitos, implementada pelo atual governo federal", afirma nota emitida pelas centrais.

"Faz parte do combate ao desgoverno Bolsonaro repudiar o obscurantismo, o negacionismo e as fake news e disseminar entre os trabalhadores e trabalhadoras a conscientização da gravidade da pandemia, bem como informações para que todos possam proteger a vida, não só a própria, como a de todos", segue o texto.

Além do impeachment de Bolsonaro, também estarão na pauta da mobilização do dia 19 o apoio à maior vacinação e ao auxílio emergencial de R$ 600.

Grupos de esquerda que lideraram os atos contra Jair Bolsonaro no último dia 29 confirmaram para o próximo dia 19, um sábado, a realização de novos protestos pelo impeachment do presidente em todo o país. A ideia é estabelecer uma agenda extensa de protestos ao longo do mês.

A oposição a Bolsonaro prevê também atos separados nos dias anteriores, inclusive contra a realização da Copa América no país. A abertura do torneio está prevista para o dia 13.

A incorporação da bandeira "não vai ter Copa" à manifestação conjunta chegou a ser defendida nos bastidores, mas a proposta acabou refutada. Com isso, as pautas principais do dia 19 serão a saída de Bolsonaro e os pedidos de mais vacinas contra a Covid-19 e de auxílio emergencial de R$ 600.

Movimentos sociais, estudantis e sindicais, além de partidos de esquerda (agrupados em um fórum batizado de campanha nacional Fora, Bolsonaro), atraíram milhares de pessoas às ruas em 210 cidades do Brasil e em 14 países, no fim de semana, no maior protesto contra o governo durante a pandemia

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