Um grupo de juristas decidiu retirar textos de um livro que está sendo organizado para homenagear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que se aposenta em julho.
LOGO ELE?
Eles afirmam que ficaram indignados com a homenagem do decano do STF a Sergio Moro na votação em que o ex-juiz foi considerado suspeito no julgamento de Lula no caso do triplex. Mello votou a favor do ex-magistrado e o definiu como “um verdadeiro herói nacional”. Um dos que recuaram da homenagem foi o jurista Juarez Tavares.
SOU ASSIM
“Tenho boas relações com Marco Aurélio Mello e por causa disso escrevi para artigo em livro organizado em sua homenagem”, afirmou ele em mensagem no grupo de WhatsApp do Prerrogativas, explicando em seguida a sua decisão: “Não importa a amizade, quando o amigo ultrapassa os limites aceitáveis de uma construção jurídica democrática não merece homenagem pública. Pior ainda quando ele mesmo resolve enaltecer um fascista como herói. Desculpem pelo meu radicalismo, mas eu sou assim”.
DESDE SEMPRE
“Sempre estive ao lado do Marco Aurélio Mello garantista. Sempre”, afirma o jurista Lenio Streck, que também retirou um texto do livro. Lembrando que o ministro já era voto vencido quando elogiou Moro, ele questiona: “Por que, então, afirmar, gratuitamente, que Moro é um herói nacional? Um juiz declarado suspeito pela maioria do STF é herói? Parece claramente o incentivo à criação de uma narrativa que pretende salvar Moro. E isso não é tolerável!”.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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