Mães de classes sociais mais altas tiveram mais chances de obter licenças maternidade mais longas durante o isolamento social gerado pela epidemia de Covid-19 no Brasil.
PRIVILÉGIO
Pesquisa encomendada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, que atua pelo desenvolvimento de crianças na primeira infância, mostra que 17% das mães da classe AB (que têm renda familiar média mensal acima de R$ 11.300) tiveram o benefício por mais de quatro meses, contra apenas 2% das mães da classe D (ganho médio mensal de R$ 720).
COLO
Além disso, quase metade das mães das classes A, B e C (entre R$ 1.700 e R$ 5.600) tiveram licença remunerada por quatro meses. Na classe D, esse índice foi de 34%. O estudo também mostra que no segmento D, 33% das mães já não estavam trabalhando nos meses anteriores ao nascimento do filho, fato ocorrido em 13% da classe AB.
EM CASA
O objetivo do estudo foi avaliar como o coronavírus afetou as dinâmicas familiares com as crianças de março a dezembro de 2020. Para isso, a pesquisa entrevistou, em março deste ano, 1.036 pessoas responsáveis por crianças de 0 a 3 anos.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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