Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Magistrados endurecem e pensam até em Bolsonaro inelegível se seguir com ataques às eleições

Exigência de que presidente apresente provas contundentes do que diz é primeiro passo para tentar estabelecer linha da qual não poderia ultrapassar

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A iniciativa do corregedor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Felipe Salomão, de dar 15 dias para que Jair Bolsonaro apresente as provas que diz ter sobre uma suposta fraude no sistema eletrônico de votações de 2018 tem amplo apoio de ministros da corte eleitoral e do STF (Supremo Tribunal Federal).

A crença geral é a de que Bolsonaro, que afirma ter sido vítima de fraudes que o impediram de ganhar no primeiro turno há dois anos, não tem prova alguma para apresentar. O sistema eletrônico é considerado um dos mais seguros do mundo —e ele estaria, portanto, disseminando fake news.

Magistrados afirmam que chegou a hora de colocar travas no comportamento de Bolsonaro e de mandar o recado de que há uma linha que ele não deve ultrapassar. Ou poderá enfrentar problemas mais sérios na Justiça.

Há integrantes de cortes superiores que afirmam inclusive que o presidente pode ficar inelegível em 2022 caso se comprove que alimenta notícias falsas contra o sistema das eleições, que é o pilar da democracia no Brasil.

Um dos magistrados afirma que a iniciativa de Salomão é um risco no chão, no qual Bolsonaro não deve mais pisar.

A contrariedade de integrantes de cortes superiores com as falas de Bolsonaro, consideradas mentirosas e irresponsáveis, ganhou corpo neste ano, quando ele voltou a investir contra a credibilidade do processo eleitoral, em público e em conversas privadas.

Muitos ministros já defendiam que as informações falsas espalhadas em grupos bolsonaristas sobre fraudes nas eleições começassem a ser investigadas no inquérito das fake news, comandado pelo ministro Alexandre de Moraes.

O magistrado, que presidirá o TSE durante as eleições de 2022, já pediu o compartilhamento de informações sobre empresas que trabalharam na campanha de Bolsonaro em 2018 e que teriam disparado mensagens falsas nas redes sociais.

Erramos: o texto foi alterado

Diferentemente do publicado, o ministro Edson Fachin será o próximo presidente do TSE, não o ministro Alexandre de Moraes. Moraes assumirá a corte apenas em agosto de 2022, durante a eleição presidencial. O texto foi corrigido.

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