Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo
Descrição de chapéu Folhajus

Ministério Público Eleitoral diz que Bolsonaro antecipa campanha ao atacar Lula no Maranhão

Órgão acatou parcialmente representação do PCdoB acusando o presidente de fazer propaganda eleitoral antecipada

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O Ministério Público Eleitoral (MPE) manifestou-se pela parcial procedência de uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro por propaganda eleitoral antecipada. O órgão entendeu que, em fala feita durante visita ao Maranhão no dia 21 de maio, o chefe do Executivo federal atacou potenciais adversários nas eleições de 2022.

"Falando em política, para o ano que vem, já tem uma chapa formada. O ladrão candidato a presidente e um vagabundo como vice", afirmou Bolsonaro na ocasião.

O MPE aponta que a fala que cita "ladrão" foi "direcionada ao pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente seu principal opositor à disputa do cargo de Presidente da República em 2022". O órgão ainda diz que na oportunidade Bolsonaro "proferiu ofensa à honra de notório adversário [...], o que configura propaganda eleitoral negativa".

"Ademais, é importante destacar que a fala do representado foi proferida em uma cerimônia pública oficial, o que revela ainda mais ser inoportuna e descabida, já que voltada exclusivamente a atacar adversário político", segue a manifestação.

O MPE sugere a condenação de Bolsonaro à sanção de multa que pode variar de R$ 5 mil a R$ 25 mil, de acordo com a legislação eleitoral —como previsto no terceiro parágrafo do artigo 36 da lei eleitoral.

A representação foi protocolada pelo PCdoB. O documento também citava outros trechos da fala de Bolsonaro, os quais o MPE não configurou como propaganda eleitoral antecipada.

O texto ainda pedia a remoção de um outdoor instalado no município maranhense de Açailândia que continha uma foto de Bolsonaro e logomarcas do governo federal (e do partido em formação Aliança Pelo Brasil) acompanhadas de dizeres como "pátria amada Brasil" e pelo número de doses de vacinas repassadas pela União àquele estado. O pedido também não foi acatado pelo MPE.

"A presença da foto do representado não é suficiente à configuração de propaganda eleitoral, uma vez que a principal mensagem nele veiculada se refere a atos do governo por ele titularizado", afirmou a procuradoria.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.