Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Folhajus

'Senti medo e angústia', diz professor preso por adesivo 'Bolsonaro genocida'

Após episódio, diretório petista de Trindade (GO) já convoca carreata pedindo impeachment do presidente

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Um dia depois de ser preso por causa de um adesivo em seu carro que chamava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de genocida, o professor secundarista e militante do PT Arquidones Bites afirma que a rede de apoio gerada em seu entorno fez com que o episódio tivesse saldo mais positivo que negativo.

"Senti apreensão, medo e angústia, mas posso falar que o momento de gratidão foi maior que o susto. Ontem eu tive mais certeza de que o amor, a paz e a luta por justiça social vão vencer", diz o professor à coluna nesta terça (1ª).

Frame de vídeo mostra adesivo "Fora Bolsonaro genocida" em capô de carro de professor, que foi preso por PMs de Goiás após se recusar a retirá-lo
Frame de vídeo mostra adesivo "Fora Bolsonaro genocida" em capô de carro de professor, que foi preso por PMs de Goiás após se recusar a retirá-lo - Reprodução

Ele conta que foi recepcionado por militantes de esquerda —tanto do PT quanto de PC do B, UP e PSOL— na saída da Polícia Federal em Goiânia, para onde foi levado por policiais militares, e no retorno à sua cidade. "Pela primeira vez na vida, eu estou mais no noticiário que o [ex-presidente] Lula", brinca.

Na segunda (31), Arquidones foi detido em Trindade (GO), a cerca de 16 km de Goiânia, por policiais que exigiram a retirada do adesivo com a inscrição "Fora Bolsonaro genocida" do capô de seu veículo. A ação foi justificada com base na Lei de Segurança Nacional, editada em 1983, no final da ditadura militar (1964-1985).

Arquidones diz que recebeu socos, chutes e pontapés no momento em que foi abordado. "Os PMs me levaram para o hospital para fazer exame de corpo de delito. O procedimento, daí pra frente, foi bom. Fui levado já sem algema para a Polícia Federal."

O professor afirma que deve se reunir com o presidente do PT de Trindade, Arquivaldo Filho, com a presidente da legenda no estado, Katia Maria, e com advogados na próxima segunda (7) para decidir se tomará alguma providência contra a Polícia Militar de Goiás. Um tenente envolvido no episódio foi afastado e responderá a inquérito para apuração de sua conduta.

Arquidones atribui a Jair Bolsonaro a culpa pelo episódio. "O presidente da República dá mau exemplo para a população e para as forças policiais, que são pessoas que estão com armas. A polícia deve dar segurança para a população, não atacar", diz.

O diretório petista de Trindade já convoca uma carreata para o próximo sábado (5), a partir das 9h, pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro e vacina para todos. O presidente da legenda no município afirma que fará um convite à presidente PT, Gleisi Hoffmann, e ao ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para que participem.

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