O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acusou Jair Bolsonaro (sem partido) de agir de forma covarde após o presidente criticar o ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB), morto em maio deste ano em decorrência de um câncer.
"A desumanidade de Bolsonaro, agredindo de forma covarde Bruno Covas, só demonstra ainda mais sua falta de respeito pelos vivos e pela memória dos mortos", escreveu Doria nas redes sociais nesta segunda-feira (2).
Na manhã desta segunda, Bolsonaro se referiu a Doria e a Covas ao conversar com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada sobre a pandemia.
“Um fecha São Paulo e vai para Miami. O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai ver Palmeiras e Santos no Maracanã. Esse é o exemplo", disse o presidente.
Não foi a primeira vez que Bolsonaro criticou Covas. Na semana passada, o mandatário já havia se referido ao episódio. “Ele fecha São Paulo e vai assistir a Palmeiras e Santos no Maracanã."
Em janeiro deste ano, Covas sofreu severas críticas por determinar o fechamento de restaurantes e do comércio na capital paulista como forma de conter a disseminação do novo coronavírus e, ao mesmo tempo, viajar para ver a final da Copa Libertadores, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
Na ocasião, o tucano foi às redes sociais para explicar o ocorrido e disse que, depois de "tantas incertezas sobre a vida", a felicidade de ir com o filho para ao estádio "tomou uma proporção diferente".
Disse que a "lacração da internet resolveu pegar pesado", mas que "se esse é o preço a pagar para passar algumas horas inesquecíveis com meu filho, pago com a consciência tranquila".
Cerca de quatro meses após a partida de futebol, Covas morreu, aos 41 anos, em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase e suas complicações após longo período de tratamento.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.