Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Coronavírus

Estudo da Fiocruz mostra queda de proteção de Coronavac e AstraZeneca em idosos

Pesquisa foi feita em banco de dados de 66,3 milhões de pessoas imunizadas

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Um novo estudo de cientistas da Fiocruz mostra a influência da idade na efetividade das principais vacinas usadas no Brasil. E revela os níveis de proteção que cada uma delas confere, especialmente à população que tem mais de 80 anos.

NO ALTO 

De acordo com o trabalho, a proteção é extremamente alta entre os mais jovens —no caso da Coronavac, ela é de 81,5% para óbitos depois da segunda dose entre os que têm entre 20 e 39 anos; no da AstraZeneca, de 97,9%.

PRIMEIRA DOSE 

O estudo analisou a efetividade da Pfizer apenas depois da primeira dose, já que foi feito entre janeiro e julho —e a segunda dose desta vacina ainda não tinha sido amplamente aplicada. Só a injeção inicial, no entanto, já conseguiu efetividade de 86,1% na prevenção de mortes entre os que têm entre 20 e 39 anos.

NA MESMA 

O alto nível de proteção das vacinas para óbitos se mantém na faixa dos 40 aos 59 anos. A coisa muda de figura quando a idade avança.

RÉGUA 

Entre os que têm entre 60 e 79 anos, a efetividade da Coronavac foi de 71,2% depois da segunda dose. A da AstraZeneca, de 89,5%.

RÉGUA 2 

Acima dos 80 anos, a efetividade da Coronavac caiu para 45%, e a da AstraZeneca baixou para 84,6%.

TODO CUIDADO 

“O estudo mostra que as vacinas têm alta efetividade em várias faixas etárias, mas ela se reduz significativamente para os que têm mais de 80, especialmente no caso da Coronavac, o que gera preocupação sobre os cuidados que devemos ter para essa faixa etária”, diz Daniel Villela, da Fiocruz. A proteção da Coronavac ficou inclusive abaixo dos 50% recomendados pela Organização Munidal da Saúde (OMS).

TABUADA 

O Instituto Butantan afirma que submeteu o estudo também a cientistas da chinesa Sinovac, que desenvolveu a vacina. Eles ponderaram que a descrição da metodologia do trabalho é limitada, o que não permite saber os padrões estatísticos adotados por ele.

ALHO E BUGALHO 

A instituição afirma ainda que não é correto comparar vacinas. E que o prazo de aplicação delas faz toda a diferença quando se analisa a resposta ao imunizante.

INTERVALO 

No caso da Coronavac, o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de um mês, e os idosos completaram a imunização há mais tempo do que aqueles que receberam a vacina da AstraZeneca, cujo intervalo entre as doses é de três meses.

INTERVALO 2 

Isso faria toda a diferença já que estudos mostram que, com o tempo, a resposta do organismo à vacina pode cair, especialmente entre os mais velhos.

FAMOSOS NAS REDES

com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO

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