O Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo irá investigar se houve assédio moral no caso de médicos da Prevent Senior que afirmam ter sido coagidos pela empresa a prescrever remédios do chamado "kit Covid" para pacientes, mesmo sem o consentimento dos familiares, e a dispensa dos mesmos que se recusassem a fazê-lo.
Além disso, o MPT-SP também vai investigar denúncia de que os médicos da operadora de plano de saúde foram obrigados a trabalhar mesmo depois de receber o diagnóstico de Covid-19.
O MPT-SP irá formalizar um grupo especial, composto por seis procuradores, para atuar nos dois casos.
Em nota, a Prevent Senior afirma que "respeita a autonomia dos médicos e vai colaborar com as investigações".
Um dossiê entregue à CPI da Covid por 15 médicos que trabalharam na rede Prevent Senior aponta que pacientes e parentes não eram consultados sobre a administração de medicamentos do chamado "kit Covid". Segundo o documento, a empresa omitiu sete mortes de pessoas tratadas com hidroxicloroquina.
Segundo o documento, medicamentos sem comprovação científica foram incorporados ao experimento, na medida em que resultados não eram atingidos. Teria sido usado contra Covid até remédio para câncer.
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