Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Folhajus

Pré-candidata à presidência da OAB-SP, Dora Cavalcanti convida oposição a dialogar

Advogada diz que eleição em novembro será histórica por ter chance de mudar representatividade

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Diante dos apoios que sua pré-candidatura à presidência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo​, Dora Cavalcanti enviou nesta quinta (14) uma carta conclamando toda a oposição para uma conversa antes da eleição, marcada para 25 de novembro. A entidade nunca foi presidida por uma mulher.

"Este é um pleito para fazer história, pois traz consigo a oportunidade inédita de uma representação plural e inclusiva, capaz de falar por toda a advocacia. Toda eleição tem um tema predominante, que é a expressão do anseio dos eleitores. E este, sem dúvida, é o sufrágio da representatividade. A luta das mulheres e o combate ao racismo abrem os braços para representar todas as advogadas e todos os advogados de São Paulo na construção de um novo caminho", escreveu Cavalcanti.

A advogada criminalista Dora Cavalcanti, pré-candidata à presidência da OAB de São Paulo
A advogada criminalista Dora Cavalcanti, pré-candidata à presidência da OAB de São Paulo - Zô Guimarães-03.mar.2021/Folhapress

E segue: "Estamos perto de realizar o sonho de uma OAB que represente, de fato, cada profissional do Direito. Levaremos nossa mensagem de inclusão e defesa das prerrogativas de nossa profissão a todos os municípios. Precisamos aumentar o interesse dos advogados por sua entidade representativa, combater a omissão, reduzir a abstenção, que chegou ao triste índice de 45% nas eleições passadas. É por isso que precisamos juntar forças".

A mensagem de Cavalcanti foi enviada um dia após Helio Silveira, que presidia a Comissão de Direito Eleitoral da OAB-SP, e Maira Recchia, que era secretária-geral e coordenadora-geral do Observatório das Candidaturas Femininas, enviarem carta-renúncia ao presidente da entidade, Caio Augusto Silva dos Santos.

Os advogados disseram que a motivação de suas saídas foi o crescente conservadorismo da atual gestão da OAB-SP, que tentará a reeleição em novembro. Silveira diz que defendia uma "radicalização" na entidade em defesa de candidaturas femininas e iria indicar Recchia para substituí-lo, mas afirma que ela não teve seu nome indicado ao Conselho.

Na carta, Cavalcanti, que tem como vice em sua chapa, Lazara Carvalho, também agradece o apoio recebido pela duas até o momento.

"A história nos oferece o ensejo da união, de incluir todos nessa jornada de transformação. Queremos mudar para melhor a OAB-SP, renovar suas práticas e torná-la um porto mais seguro e robusto para a advocacia e a defesa do Estado de Direito. O abraço de todos nós aos valores éticos da representatividade fará nossa OAB-SP reassumir seu protagonismo como guardiã da democracia no país. O que a vida exige da gente é coragem. Sejam bem vindos", diz.

com LÍGIA MESQUITA, VICTORIA AZEVEDO, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH

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