O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), pediu autorização da Anvisa e do Ministério da Saúde para reduzir o intervalo da aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19, dos atuais cinco meses para quatro meses.
O comitê científico do estado de São Paulo também será consultado. A dose de reforço do imunizante contra a Covid-19 deve ser aplicada depois do primeiro ciclo vacinal completo.
A revelação foi feita pelo secretário municipal Edson Aparecido ao programa "Ponto a Ponto", da BandNews TV, conduzido por esta colunista e pelo cientista político Antônio Lavareda.
Segundo Aparecido, países da Europa já reduziram o intervalo diante do surgimento de uma nova variante do vírus, a ômicron.
Ele diz acreditar que a medida pode ajudar a evitar uma nova onda de Covid-19 no município, ainda mais no contexto do surgimento da nova linhagem do vírus.
"Será uma medida em caráter extraordinário, considerando o cenário internacional, a época do ano, com a ocorrência de festividades e aumento de circulação de pessoas, e também levando em conta a nova cepa e características demográficas da capital", afirma ele.
Na carta enviada às autoridades, a prefeitura cita também a não obrigatoriedade de apresentação do passaporte de vacinas aos estrangeiros que chegam no Brasil e ressalta o "preocupante cenário epidemiológico da pandemia da Covid-19 em vários continentes que apresentam aumento de casos e óbitos, relacionados principalmente à baixa cobertura e proteção vacinal".
A cidade de São Paulo já registrou dois casos de pessoas infectadas pela nova linhagem do coronavírus, a Ômicron. Trata-se de um casal que mora na África do Sul e veio ao Brasil.
Segundo Edson Aparecido, os cinco parentes com quem eles se encontraram fizeram o teste, e não foram infectados.
O secretário afirmou que, caso a cidade tenha autorização para aplicar a dose de reforço da vacina em quatro meses, já tem doses em estoque para atender à população que seria contemplada de imediato: 1,2 milhão de pessoas.
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