Articulador da turnê que o presidenciável Sergio Moro (Podemos) fará por cidades do interior de São Paulo, o deputado federal Junior Bozzella (PSL-SP) diz sonhar em reunir em algum dos eventos o ex-juiz e os tucanos João Doria e Rodrigo Garcia, no que seria um gesto de aproximação dos dois lados.
O parlamentar descreve como inevitável uma convergência entre Moro e Doria para que a chamada terceira via na corrida pela Presidência se fortaleça. "Vai chegar a hora de unir forças, principalmente quando se tem do outro lado Jair Bolsonaro [PL] e Lula [PT]", afirma o ex-bolsonarista.
Bozzella diz que a fusão das candidaturas do ex-ministro de Bolsonaro e do governador deve ser o caminho natural, mas isso vai "exigir desprendimento, renúncias e sacrifícios" de todos, inclusive dos partidos. A pré-candidatura de Garcia ao Governo de São Paulo, por exemplo, divide os grupos.
Moro e o Podemos já indicaram apoio a Arthur do Val (Patriota) na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Já a União Brasil (partido que resultará da fusão entre PSL e DEM) caminha para uma aliança com Garcia, ao mesmo tempo em que demonstra entusiasmo com o projeto nacional do ex-magistrado.
Após a viagem à Paraíba na semana passada, Moro fará um giro por São Paulo entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. De olho em bolsonaristas arrependidos, ele passará por redutos onde o presidente teve votação significativa em 2018: São José do Rio Preto, Bebedouro, Barretos e Ribeirão Preto.
A agenda inclui encontros com empresários, políticos e líderes locais, rodadas de entrevistas a rádios e TVs e reuniões com entidades de classe e categorias que estão no alvo da candidatura, como as de policiais militares e federais. Moro deverá rechear suas falas com propostas econômicas.
A previsão da equipe de realizar encontros com até 2.000 pessoas poderá ser afetada pelo avanço da pandemia de Covid-19, que levou o governo Doria a recomendar restrição de público em eventos. Segundo Bozzella, a dimensão e o formato poderão ser adaptados até lá para reduzir riscos.
"Essa incursão [de Moro] é importante para construir pontes e estreitar diálogos. Quem sabe num desses eventos não está o Moro, o Doria e o Garcia juntos? Não acho impossível", cogita o deputado, que tentará se reeleger neste ano.
"Estou apoiando o Garcia em São Paulo e ajudando na coordenação do Moro. Quero ser o ponto de convergência entre essas frentes."
Para ele, "a terceira via vai se afunilar em Moro e Doria, que são os que têm mais chance de crescer", e a urgência de "buscar equilíbrio e enxugar a terceira via de uma vez por todas" vai acabar se impondo.
Uma união, prevê o parlamentar, teria simbologia comparável à da eventual chapa de Lula e Geraldo Alckmin (ex-PSDB, sem partido), cujas tratativas foram reveladas pela coluna em novembro.
Bozzella prega que o pré-candidato que estiver atrás nas pesquisas na fase de definições abra mão e aceite ser vice do outro. Afirma ainda que Podemos e PSDB terão que fazer concessões em nome do plano nacional. "Não dá para priorizar projeto partidário em detrimento de eleger um presidente."
Na pesquisa Datafolha de dezembro, Moro registrou 9% das intenções de voto e chegou em terceiro lugar. Doria conseguiu 4% e ficou na quinta posição, atrás de Ciro Gomes (PDT), com 7%. O cenário é liderado por Lula (48%), seguido por Bolsonaro (22%).
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As cantoras Illy e Marina Sena lançarão nesta sexta-feira (14) o single "Quente e Colorido". A faixa também ganhará um videoclipe rodado na Bahia e dirigido por Dauto Galli. A canção integra o terceiro álbum de estúdio da baiana Illy, "O Que Me Cabe", com previsão de lançamento para fevereiro. Produzida por Iuri Rio Branco e composta pela mineira Marina Sena, a faixa contará com referências musicais do pop e do reggae.
JOELMIR TAVARES (interino), com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH
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