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'Confio em sua reputação', diz Alckmin sobre França após ação da polícia

Além de ex-governador, também Lula, Fernando Haddad e Guilherme Boulos prestaram solidariedade

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O ex-governador Geraldo Alckmin (ex-PSDB) escreveu uma mensagem de apoio a Márcio França (PSB) após a operação policial que ele sofreu na manhã desta quarta-feira (5).

"Confio em sua reputação e na sua postura. Seu espírito público e sua dedicação nesses anos todos são notórios e louváveis", disse Alckmin em suas redes sociais.

Guilherme Boulos (PSOL) também se manifestou contrário à operação realizada pela Polícia Civil de São Paulo. Foram cumpridas uma série de mandados judiciais de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-governador em uma investigação que apura um suposto esquema criminoso de desvio de recursos da área da saúde.

"A operação policial contra Márcio França faz 2022 começar de forma preocupante em SP. É papel da polícia investigar quaisquer desvios e da justiça puni-los. Mas sem uso eleitoral nem presunção de culpa. Já vimos em que isso deu no Brasil", escreveu.

O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) - Bruno Santos - 8.dez.2020/Folhapress

O ex-presidente Lula (PT) também prestou solidariedade e fez críticas à ação da polícia. "Que se investigue tudo, mas com direito de defesa e sem espetáculos midiáticos desnecessários contra adversários políticos em anos eleitorais", afirmou.

Mais cedo, o Fernando Haddad (PT) disse que políticos podem ser investigados, mas sem deixar de lado o princípio da presunção de inocência.

"Nada contra investigar políticos, muito pelo contrário. O problema é o espetáculo extemporâneo. Não devemos abdicar do princípio da presunção da inocência", compartilhou o ex-ministro em suas redes sociais.

Haddad e França travam hoje uma disputa nos bastidores para ver quem será o candidato ao governo de SP de uma frente ampla que uniria PT e PSB em torno de Lula, com Geraldo Alckmin de vice na chapa. França defende que pesquisas definam um nome único. O PT paulista não abre mão de ter candidato.

A operação desta quarta foi desencadeada em ao menos 30 locais da capital, litoral e interior em endereços da família França e, também, de ex-funcionários de organizações sociais, empresários e médicos.

A investigação apura peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações que colocam o ex-governador sob suspeita de participação em uma organização criminosa são um desdobramento da operação Raio-X, desencadeada em setembro de 2020.

OUTRO LADO

O ex-governador Márcio França (PSB) classificou como política a operação policial em endereços ligados a ele nesta quarta-feira (5) e insinuou que é uma tentativa de prejudicá-lo na eleição para governador.

"É lamentável que se comece uma eleição para o Governo de São Paulo com estas cenas de abuso de poder político", afirmou. "Já venho há tempos alertando que um grupo criminoso em SP tenta me impedir de expressar a verdade. Sabem que não compactuo com eles, que querem tomar conta do Estado de São Paulo. Se depender de mim, não vão conseguir."

Ele disse que não tem relação com a área médica nem com as pessoas alvo da investigação.

"Só deixarei de ser governador de SP se o povo paulista não quiser. Não tenho medo de ameaças ou de chantagem. Em 40 anos de vida pública, já fui muitas vezes difamado e injustiçado, nunca condenado."

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