O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usará sua viagem ao México, no mês que vem, para reforçar a defesa da integração da América Latina, bandeira da pré-candidatura dele à Presidência e também de seu anfitrião, o presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador.
"É uma pauta que o Brasil abandonou totalmente", diz o ex-chanceler Celso Amorim, que deverá acompanhar Lula, em crítica à diplomacia brasileira sob o presidente Jair Bolsonaro (PL), provável rival no pleito de outubro.
O roteiro do petista incluirá encontros com Obrador, representantes do partido dele e do Parlamento. Nas reuniões, também falará de combate a desigualdades, urgência climática e crise do neoliberalismo, segundo Amorim.
"Lula defende uma nova governança global, que trate dos problemas atuais sob um modelo atualizado. O presidente está muito consciente disso e tem falado desses temas", acrescenta o ex-ministro das Relações Exteriores.
A situação da Covid, com o avanço da variante ômicron, é monitorada pela comitiva, já que imprevistos relacionados à pandemia poderão alterar o cronograma e os compromissos em solo mexicano. Obrador, por exemplo, anunciou nesta semana sua segunda infecção pelo vírus, mas passa bem.
JOELMIR TAVARES (interino), com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH
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