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Descrição de chapéu Ásia

Brasileira presa na Tailândia está isolada para evitar Covid-19

Detida em um presídio na capital do país, Mary Hellen só poderá falar com a família em 7 de março

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O advogado da brasileira Mary Hellen Coelho Silva, 22, presa por tráfico de cocaína no aeroporto de Bancoc, na Tailândia, afirma que ela está isolada no presídio de Samut Prakan, na capital do país, sem poder ter contato com a família.

Segundo o criminalista Telêmaco Marrace, o procedimento é comum para evitar contágio do vírus da Covid-19 entre detentos. O período de isolamento acaba em 7 de março. Só a partir desta data é que ela poderá conversar, por videochamada, com seus familiares e sua defesa.

 Mary Hellen Coelho Silva
Mary Hellen Coelho Silva - Arquivo Pessoal

A jovem de Pouso Alegre (MG) viajou acompanhada de um homem de 27 anos. Eles foram detidos no último dia 14 após a equipe de segurança do aeroporto ter encontrado ao menos 9 quilos de cocaína escondidos em compartimentos secretos na bagagem dos dois.

Marrance diz que, de acordo com o relato da família de Mary Hellen, os dois se conheceram na internet. Ele diz acreditar que sua cliente foi vítima de um golpe e provavelmente não sabia que estava sendo usada como "mula" —jargão policial para pessoas que transportam porções de drogas. A jovem de 22 anos teria dito à família que viajaria para Curitiba para encontrar um namorado.

O advogado ainda afirma que não há chances de ela ser condenada à morte pois a pena capital é aplicada em casos de tráfico de outros tipos de drogas, como heroína. No caso da cocaína, a pena é de cinco a 20 anos. "Se ela foi condenada, deve pegar a pena mínima por não ter antecedentes criminais e por não ter levado uma quantidade muito grande", diz.

Agentes do Aeroporto Internacional de Bancoc mostram onde cocaína estava escondida em mala - The Nation

Um terceiro homem foi preso naquele mesmo dia por transportar 6,5 quilos de cocaína. Ele foi identificado como Jordi Vilsinski Beffa, 24, morador de Apucarana (PR), 365 quilômetros a noroeste de Curitiba.

A suspeita do governo tailandês é a de que os três façam parte de um mesmo grupo porque a droga estava escondida da mesma maneira. Mas segundo Marrance, eles sequer se conheciam. "Foi uma coincidência. Ele [Jordi] não tem nada a ver com a Mary Hellen ou o sujeito que foi com ela", continua.

com BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH

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