A Jovem Pan News diz que os dois episódios de cunho antissemita protagonizados por comentaristas do canal em um intervalo de três meses foram casos pontuais que "infelizmente envolveram o mesmo tema".
O comentarista Adrilles Jorge foi demitido nesta quarta (9) após aparecer fazendo uma saudação tida como nazista ao final de sua participação no programa "Opinião". E José Carlos Bernardi foi desligado em novembro após dizer que o Brasil teria o mesmo êxito econômico da Alemanha se "a gente matar judeus".
Em ambos os casos, segundo a Pan, houve pronta resposta da direção da emissora com o desligamento dos profissionais.
A emissora também afirma que a condução de temas sensíveis em seus programas, assim como as questões editoriais, "são tratadas e reforçadas cotidianamente entre a direção e os comentaristas". E que seus profissionais precisam observar e cumprir "rigorosamente" a linha editorial que se baseia "no respeito às pessoas e às instituições e na defesa da liberdade de expressão e da democracia".
O gesto de Adrilles foi feito quando se debatia no programa a declaração do podcaster Bruno Aiub, o Monark, do Flow Podcast, defendendo o direito de nazistas formarem um partido no Brasil.
Ele nega qualquer alusão ao gesto e diz que apenas deu tchau. À coluna, Adrilles afirmou que está "muito magoado" com a Jovem Pan e diz ter sofrido assédio moral do dono da emissora, Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha.
Já a declaração de José Carlos Bernardi foi feita em novembro, no "Jornal da Manhã". Ele disse que o Brasil poderia ter o mesmo êxito econômico da Alemanha "se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico deles". Bernardi também foi dispensado da emissora após entidades judaicas repudiarem a fala.
A rádio Jovem Pan estreou seu canal na TV, o Jovem Pan News, em outubro do ano passado, com a participação do presidente Jair Bolsonaro no programa "Pânico". Bolsonaro, porém, não gostou dos comentários do humorista e comunicador André Marinho e deixou a entrevista no meio. Marinho deixou a emissora logo depois.
A VEZ DE MARINA
Marina Sena, 25, que ganhou o prêmio de cantora revelação de 2021 pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes), foi fotografada por Bob Wolfenson para a primeira edição da revista Morel. A publicação de literatura, artes visuais e jornalismo editada pela IpsisPUB será lançada no dia 20.
Na entrevista, a mineira fala de como a colega Anitta, que faz sucesso também fora do país, é uma inspiração. "Ela tem essa autoestima para ir pra cima, se banca mesmo. Porque não é permitido para o brasileiro ter autoestima, entendeu? A gente não aprendeu a dar esse saltinho, e ela falou ‘mano, esse carma aqui não vou pegar para mim’", diz.
A cantora também declara voto em Lula. "Ele tem o fervor que a gente precisa", afirma.
com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH
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