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Prefeitura do Rio regulariza baianas do acarajé e discursa contra intolerância

Eduardo Paes assinará decreto nesta quarta (2), data que marca a celebração do Dia de Iemanjá

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), vai assinar um decreto nesta quarta-feira (2) que institui o Programa Baianas do Rio de Janeiro, para promover o trabalho das chamadas "baianas do acarajé" e desburocratizar a liberação de licença para montar tabuleiros.

A Secretaria de Cultura irá emitir um certificado que reconhece o ofício dessas mulheres. Com isso, as quituteiras podem participar de editais e leis de incentivo como qualquer outra atividade cultural. A data marca a celebração do Dia de Iemanjá, orixá do candomblé e da umbanda.

baianas
Baianas no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira, no Rio de Janeiro - Divulgação

Com a criação do programa, a cidade dá um passo no reconhecimento do trabalho das baianas, diz o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini.

Em 2020, o então prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) regulamentou o ofício exercido por elas com um decreto que também criava uma comissão de certificação.

Faustini afirma, porém, que a comissão prometida pela gestão anterior "nunca existiu". "O governo [de Crivella] fingiu que fez coisa, mas não fez de fato", afirma o secretário de Paes.

"É um ato contra a intolerância. Não é apenas uma declaração de reconhecimento. As baianas estão agora na política pública de cultura da cidade", prossegue o secretário.

O decreto considera "baianas do acarajé" aquelas que "que produzem e vendem, em tabuleiros, exclusivamente a comida típica baiana conforme procedimentos registrados no Livro dos Saberes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)".

A cerimônia em que Paes assinará o decreto está marcada para as 16h desta quarta, no gabinete dele.

RAINHA DOS VENTOS

A cantora Margareth Menezes, uma mulher negra, está usando um vestido vermelho que tem um véu voando e segura um leque de palha na mão esquerda. Ela está em um casarão abandonado
Wallace Robert/Divulgação

Margareth Menezes gravou parte do clipe de sua nova música, "Terra Aféfé", no Mercado Iaô, no bairro da Ribeira, em Salvador, onde ela nasceu e mantém a ONG Fábrica Cultural. A canção, uma parceria com Carlinhos Brown, é uma espécie de chamado a Iansã, orixá dos ventos e das tempestades, segundo ela.

"Essa música nasceu de um movimento de vento, uma imagem que vi e mandei pra Brown. Ele se admirou com aquela manifestação da natureza e começamos essa troca para compor", diz.
O clipe com direção de Joyce Prado será lançado no dia 12 no canal de Margareth no YouTube.

JOELMIR TAVARES (interino), com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH

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