Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Folhajus STF

Rosa Weber e Gilmar votam com Fachin para rejeitar denúncia da Lava Jato contra Lira no STF

Depois de acusar, o próprio Ministério Público Federal já havia defendido o arquivamento do caso

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Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber e Gilmar Mendes acompanharam Edson Fachin e votaram pela rejeição da denúncia de corrupção passiva oferecida pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O caso está sendo analisado pelo plenário virtual da corte.

Lira foi denunciado pela PGR em 2019 pelo suposto recebimento de propina de R$ 1,6 milhão da empreiteira Queiroz Galvão, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) - Pedro Ladeira-02.fev.2022/Folhapress

Em 2012, diziam os procuradores, ele teria retirado os recursos de uma "caixa de propinas" mantida pela construtora em favor do Partido Progressista (PP), ao qual o deputado é filiado.

Um ano depois, no entanto, o caso sofreu uma reviravolta: a própria PGR mudou de posição e pediu a rejeição da acusação que tinha feito contra o presidente da Câmara.

Fachin, no entanto, não aceitou a posição dos procuradores para que o caso fosse simplesmente arquivado. Citando o Código Penal, ele afirmou que o Ministério Público não pode "desistir da ação penal". E decidiu submeter o caso aos demais integrantes da Corte, a quem caberia dar a palavra final sobre o caso.

A defesa de Lira apresentou um recurso contra a decisão do ministro. Na semana passada, Fachin votou e concordou com a rejeição da denúncia.

Em seu voto, ele destacou que houve a constatação da insuficiência de elementos mínimos para dar justa causa à denúncia quanto ao crime de corrupção imputado ao parlamentar.

"Embora não se possa negar a ascensão e proeminência do acusado Arthur César Pereira de Lira nos assuntos partidários da agremiação a qual se encontra filiado [o PP], a pretensão ministerial de relacionar a posição de líder ao pagamento indevido implementado, à míngua de qualquer outra circunstância que robusteça essa hipótese acusatória, reforça a conclusão pela inexistência de justa causa em relação ao parlamentar federal, ante a fragilidade dessa ilação", argumentou o ministro.

Com os votos de Rosa Weber e Gilmar Mendes, o parlamentar precisa de apenas mais dois votos no STF para se ver livre definitivamente da denúncia.

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Os ministros do STF Gilmar Mendes e Edson Fachin - Pedro Ladeira-19.jun.2018/Folhapress

Com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH

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