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Senadores da CPI da Covid querem acelerar projeto que blinda Anvisa de Bolsonaro

Texto para dar autonomia à agência entra em lista de prioridades no retorno da Casa após o recesso

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Senadores da CPI da Covid querem acelerar o debate na Casa sobre um projeto de lei para dar autonomia à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), alvo de pressão política do governo Jair Bolsonaro (PL), que tem se contraposto a decisões do órgão.

PAUTA

O texto, de autoria do senador Omar Aziz (PSD-AM), ex-presidente da CPI, foi apresentado em dezembro. Com a volta após o recesso, nesta quarta-feira (2), entrará em uma lista de prioridades. A proposta é permitir que a Anvisa possa determinar, e não apenas recomendar, medidas de proteção contra a Covid-19.

Os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros em sessão da CPI
Os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros em sessão da CPI - Pedro Ladeira/Folhapress

BLINDAGEM

Aziz defende que o órgão tenha poder para baixar decisões como obrigatoriedade de comprovante de vacina e restrições de circulação. "Diante do comportamento de Bolsonaro, não vejo outra saída que não a autonomia", diz o senador.

URGÊNCIA

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente, afirma que o projeto do colega "se torna cada vez mais importante no momento atual", em referência a medidas do governo que desautorizaram a Anvisa, como a abertura de uma consulta pública sobre vacinação infantil mesmo após o aval dos técnicos.

E MAIS

O senador também está colhendo assinaturas dos parlamentares para tentar abrir uma nova CPI relacionada à pandemia. Randolfe reuniu até agora 18 assinaturas, de um total de 27 necessárias.

Em outra frente, ele cobra do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rapidez no andamento dos 17 projetos de lei apresentados em outubro como resultado da CPI da Covid.

"É um erro do Senado não colocá-los em pauta", diz Randolfe. Do total de propostas, três foram aprovadas pela Casa no fim de 2021. Há receio de que, em virtude do ano eleitoral, os demais fiquem esquecidos.

SUFOCO

Diante de ameaças a integrantes que autorizaram as vacinas pediátricas, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, publicou no último dia 8 uma dura carta contra Bolsonaro, na qual cobrou retratação do mandatário por insinuar supostos interesses escusos da agência na medida.

O presidente da República chegou a dizer que divulgaria o nome desses técnicos, o que, no entanto, não ocorreu. Em resposta, ele se disse surpreso com o que chamou de "carta agressiva" de Barra Torres.


RAINHA DOS VENTOS

A cantora Margareth Menezes, uma mulher negra, está usando um vestido vermelho que tem um véu voando e segura um leque de palha na mão esquerda. Ela está em um casarão abandonado
A cantora Margareth Menezes na gravação do clipe de 'Terra Aféfé' no Mercado Iaô, em Salvador (BA) - Wallace Robert

A cantora Margareth Menezes gravou parte do clipe de sua nova música, "Terra Aféfé", no Mercado Iaô, no bairro da Ribeira, em Salvador, onde ela nasceu e mantém a ONG Fábrica Cultural.

A canção, uma parceria com Carlinhos Brown, é uma espécie de chamado a Iansã, orixá dos ventos e das tempestades, segundo ela.

"Essa música nasceu de um movimento de vento, uma imagem que vi e mandei pra Brown. Ele se admirou com aquela manifestação da natureza e começamos essa troca para compor", diz.

O clipe de estética afrofuturista que será lançado no dia 12 no canal de Margareth no YouTube, tem direção de Joyce Prado e contou com a participação do Balé Folclórico da Bahia.

JOELMIR TAVARES (interino), com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH ​ ​ ​

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