Grupos do bolsonaristas no Telegram começaram a discutir de forma frenética como escapar do bloqueio da rede social determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
Uma das orientações mais compartilhada é a instrução para entrar no Proxy, um servidor que funcionaria como uma espécie de intermediário entre o usuário e um outro serviço —no caso, o Telegram.
Assim, a pessoa que não consegue mais se conectar diretamente à rede pegaria o atalho do Proxy, que a redirecionaria novamente, por outros caminhos, ao Telegram.
Uma configuração do Proxy estaria disponível dentro das configurações do próprio Telegram, o que simplificaria a burla ao bloqueio.
Além disso, o servidor não identificaria o usuário, permitindo uma navegação anônima.
"Felizmente o próprio Telegram tem um meio de contornar isso [o boqueio], os chamados 'proxys', servidores localizados em outros lugares que servem como ponte entre você e a internet", diz um dos textos compartilhados nos grupos bolsonaristas.
Em seguida, os orientadores fornecem uma lista de "proxys" que poderiam ser conectados com facilidade.
Outro instrumento para burlar a determinação do STF seriam as VPN, redes privadas virtuais que são usadas por jovens da Rússia, por exemplo, para furar o bloqueio de informação.
A coluna participou de um chat de áudio e vídeo de um grupo de bolsonaristas em que pessoas que se apresentavam como especialistas em tecnologia também debatiam as diversas possibilidades que, segundo eles, podem ajudar a burlar a ordem de Alexandre de Moraes.
Outras alternativas eram discutidas, como por exemplo a migração dos diversos grupos para a plataforma Discord.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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