Linn da Quebrada, a Lina do BBB22 (Globo), chegou ao Camarote Folia Tropical, na Sapucaí, com status de estrela. Cercada de assessores, ela subiu direto para o espaço VIP, onde foi tietada por artistas como Andréa Beltrão e Ana Carolina.
Vários dos presentes pediam selfies. "A sua vitória foi muito maior", disse Lúcio Mauro Filho, referindo-se ao fato de a cantora não ter chegado à final do reality show.
"É o que estão dizendo por aí, não fui eu que disse", brincou a cantora ao falar sobre o fato de ser uma das mais personalidades mais requisitadas deste Carnaval.
"Mas este Carnaval está sendo uma celebração de tudo o que eu vivi. Estou comemorando a minha trajetória dentro da casa [do BBB] é tudo o que vivi antes de chegar na casa", celebrou. "Receber todo esse amor está sendo incrível."
Sobre o assédio de outros artistas, ela brincou: "Estou achando chiquérrimo, estou amando, conhecendo um monte de gente nova, recebendo esse carinho, tendo esse contato".
"Para mim, com tudo o que sou, com tudo o que carrego, acho que é muito simbólico neste momento por ser uma travesti no Brasil. A gente sabe todas as contradições que isso envolve. Não tem como não se deleitar, eu estou me deleitando com tudo isso."
Lina não descarta a possibilidade de desfilar no futuro, inclusive em postos chave de alguma escola. "Se me convidarem eu venho, hein", garantiu. "Será que eu dou conta [de ser rainha de bateria]? É uma responsabilidade, mas eu quero muito. Seria um prazer imenso."
Ela disse que precisaria se preparar para isso. "Eu tenho um pouquinho de samba no pé, tenho que aprimorar", adiantou. "Mas dá para treinar neste ano todo."
Sobre o BBB, ela revela sua torcida para a reta final. "Eu não consigo acreditar que o jogo esteja dado nem lá dentro nem aqui fora", afirmou. "Sempre há a possibilidade de modificar o jogo e a minha torcida neste momento vai para o velocista P.A. Apesar dos nossos conflitos, gostaria muito que ele ganhasse."
Em outra disputa, a eleitoral, ela é mais discreta ao comentar sua posição. "Ainda não consigo ter um desenho [do que está acontecendo]", disse.
"São muitas contradições que se colocam, são novos imaginários", refletiu. "Acho que a minha presença dentro do programa traz um lugar de um novo imaginário para as travestis no Brasil e a gente tem construído isso em diversas frentes. Nós temos deputadas, vereadoras, pedagogas, muitas travestis e outros corpos que não costumavam atuar por serem acuados de um lugar de protagonismo."
"Eu sinto que novas possibilidades de corpos políticos têm surgido e acredito que isso vai ter um papel muito importante e fundamental nas próximas eleições."
Perguntada se no futuro ela imagina que poderemos ter uma presidente travesti, ela diz que estamos caminhando para isso. "Eu sonho com isso" afirmou. "Seria chiquérrimo."
"Temos que pensar o impossível, a força do imaginar", diz. "Tudo o que existe enquanto projeto político foi imaginado um dia. Então imagino, sim, a possibilidade de termos pessoas trans e travestis ocupando cargos como esses."
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