O preço do botijão de gás de cozinha chega a comprometer em até 11% a renda das famílias mais pobres da cidade de São Paulo, segundo um estudo realizado pelo Instituto Pólis que levantou preços em 337 pontos de revenda da capital.
BOLSO
Em uma casa com orçamento mensal de cinco salários mínimos, por exemplo, a fatia correspondente ao gás representaria entre 1,6% e 2,4% da renda —ou até dez vezes menos do que o custo do botijão para uma família que vive com meio salário mínimo.
VULNERÁVEL
O levantamento ainda mostra que a alta dos preços impacta de forma mais severa famílias lideradas por mulheres com renda de até um salário mínimo. Núcleos familiares que habitam regiões em que a percentagem da população negra é superior à média municipal, hoje de 37%, também sofrem mais.
DOIS PESOS
"A pesquisa mostra que a fonte de energia mais importante para a alimentação de famílias em domicílios urbanos é, desproporcionalmente, mais onerosa para a população em situação de maior vulnerabilidade", afirma a coordenadora-geral do Instituto Pólis, Danielle Klintowitz.
PESOS 2
O estudo no território paulistano afirma que o custo do gás não é uniforme em toda a cidade e não varia de acordo com o padrão de renda da população residente. Embora os maiores preços estejam concentrados em áreas de maior poder aquisitivo —chegando a custar, em média, R$ 132,50—, nos dois quintos mais pobres da cidade de São Paulo o preço médio do gás de cozinha é de R$ 122,56.
FATIA
O gás mais barato foi encontrado no Jardim Vila Formosa, por R$ 100, e o mais custoso, na Vila Carrão, por R$ 145. Ou seja: o gás de cozinha mais caro de São Paulo abocanharia 24% da renda de uma família que vive com meio salário mínimo, e o mais barato, 16%, uma fatia expressiva.
DESCOMPASSO
E, se em bairros de baixa renda, como Cidade Líder, Parque do Carmo e São Mateus, o botijão custa em torno de R$ 113, em outros bairros mais vulneráveis cada unidade sai por cerca de R$ 130. É o caso de Jaraguá, Tremembé, Guaianases e Grajaú.
CONVIDADO
O ator Marco Nanini vai fazer uma participação especial na quinta temporada da série "Sob Pressão", que estreia na quinta (2), no Globoplay. Ele dará vida a Heleno, pai do médico Evandro (Julio Andrade), que não vê o filho há cerca de 20 anos e vive em uma casa de repouso para idosos com Alzheimer. O seriado é uma coprodução da Globo e da Conspiração, escrita por Lucas Paraizo e com direção artística de Andrucha Waddington. "[Trabalhar com o] Marco Nanini foi uma honra. Ele fez esse personagem com delicadeza e profundidade", afirma o diretor.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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