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Vereadores querem CPI contra PM por detenção de parlamentar em SP

Marcelo Messias foi imobilizado durante um show do Dia do Trabalho, na zona sul da capital

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O vereador de São Paulo Eliseu Gabriel (PSB) já reuniu 19 assinaturas em prol da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal para investigar o que chama de "conduta de violência" praticada por policiais militares da cidade de São Paulo.

A iniciativa ocorre logo após o vereador Marcelo Messias (MDB) ser detido por desacato. O requerimento para a instalação da CPI reúne signatários como Toninho Vespoli (PSOL), Erika Hilton (PSOL) e Isac Félix (PL).

Vereador Marcelo Messias (MDB) foi imobilizado por PMs, na noite de sábado (30) , no Jardim Myrna, na zona sul paulistana - Reprodução/Redes sociais

Para ser instalada, a CPI deve ser aprovada em plenário por ao menos 28 votos.

"Não se trata de dizer que o policial é malvado, não é isso. É que existe esse clima de ódio e de enfrentamento. A polícia militar devia dar exemplo", afirma Eliseu Gabriel.

"Deveria ter um trabalho interno [na corporação] para acalmar os ânimos", segue. Ele ainda classifica o caso de seu colega como "gravíssimo".

Marcelo Messias foi imobilizado e detido por policiais durante a realização de um show do Dia do Trabalho, no Jardim Myrna, zona sul de São Paulo. Na ocasião, os agentes impediram o início das apresentações do evento afirmando que um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros não havia sido emitido.

Ao microfone, diante de milhares de pessoas que aguardavam o início das apresentações, o vereador teria chamado os PMs de "canalhas".

Por meio de um vídeo compartilhado em suas redes sociais, porém, Marcelo Messias disse ter ido ao microfone "para acalmar as pessoas" que aguardavam o início das apresentações artísticas no sábado.

"Ao descer do palco, a PM me deu voz de prisão e as imagens mostram por si a força exacerbada [usada pelos agentes]. Fui detido e levado para a delegacia", afirmou o vereador.

No requerimento para a instalação da CPI, o vereador Eliseu Gabriel cita como justificativa não só o caso de seu colega de Câmara, mas também a "violência utilizada nas abordagens policiais em eventos públicos, passeatas e, notadamente contra jovens da periferia do município de São Paulo".

"Nos termos da nossa constituição, as forças de segurança pública devem ser empregadas na prevenção, contenção e manutenção da ordem e segurança pública, jamais como o meio de agressão e violência", diz o documento.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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