Os jornalistas Aguirre Talento e Bela Megale lançam no próximo dia 29, em Brasília, o livro "O Fim da Lava-Jato" (Globo Livros). A obra mostra os bastidores políticos que levaram ao encerramento da operação.
Uma das revelações do livro é a de que o procurador-geral da República, Augusto Aras, não queria inicialmente pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar as acusações feitas pelo então ministro da Justiça Sergio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro, em abril de 2020.
Na ocasião, Moro pediu demissão do Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal.
Segundo a obra, o procurador-geral disse a colegas que achava melhor abrir uma investigação preliminar, que poderia ser arquivada posteriormente sem o envio do caso ao STF.
Ainda de acordo com o livro, foi só depois de uma reunião tensa, de mais de duas horas em seu gabinete, que Aras foi convencido por dois subprocuradores-gerais da sua equipe da necessidade de compartilhar a responsabilidade com o STF e mostrar que não tinha intenção de blindar ninguém.
A subprocuradora-geral da República Célia Delgado teria dito a Aras, segundo relatam os autores do livro: "Esse é um fato que vai definir a sua biografia".
Após dar o aval para a abertura do inquérito, o procurador-geral fez um pedido pouco comum: que Moro também deveria constar como investigado.
O livro "O Fim da Lava-Jato" será lançado na Livraria da Travessa.
TROFÉU
A atriz Mel Lisboa esteve presente na cerimônia de premiação da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), na noite de segunda (20), em São Paulo. A audiossérie "Paciente 63", protagonizada por ela e pelo cantor Seu Jorge, ganhou o prêmio de melhor podcast. O rapper Don L levou o trófeu de artista do ano, e Juçara Marçal, de disco do ano por "Delta Estácio Blues".
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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