Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Folhajus

Defensoria e MPF acionam Justiça para Vale pagar indígenas atingidos em Brumadinho

Rompimento da barragem, em 2019, causou a morte de 270 pessoas

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A Defensoria Pública da União (DPU), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), requereu à Justiça Federal que a mineradora Vale seja condenada a instituir um programa de reparação para famílias indígenas atingidas pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais.

A foto mostra equipe de buscas do Corpo de Bombeiro de Minas Gerais em área atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho.
Bombeiros procuram restos mortais de vítimas do rompimento da barragem da Vale - 2.mai.22/Corpo de Bombeiros

Após reuniões e acordos com a Vale e a Fundação Nacional do Índio (Funai), a DPU e o MPF decidiram ingressar com uma Ação Civil Pública em defesa de indígenas da região. O pedido trata de famílias do povo Pataxó e Pataxó Hã-Hã-Hãe, das aldeias Naô Xohã e Katurãma, respectivamente.

Assinaram a ação os defensores públicos federais João Márcio Simões, Murillo Ribeiro Martins, Gabriel Saad Travassos, Ronaldo de Almeida Neto e Estevão Ferreira Couto, além do procurador da República Edmundo Antônio Dias Netto Junior. O valor atribuído à causa foi de R$ 100 milhões, para fins fiscais.

Para a apresentação dos dados sobre os danos a serem reparados, a DPU realizou atendimentos individuais, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, com 162 indígenas em Minas Gerais, além de 96 famílias na Bahia.

Segundo relatório técnico do MPF, dias após o rompimento, os indígenas que residiam na aldeia Naô Xohã e viviam da pesca e da caça na região, não puderam realizar essas devido à contaminação do rio Paraopeba.

O rompimento da barragem, em janeiro de 2019, causou a morte de 270 pessoas. Quatro vítimas da tragédia ainda seguem desaparecidas.

No último dia 6, o STF (Supremo Tribunal Federal) devolveu para a Justiça de Minas Gerais a competência para julgar 16 executivos da Vale e da empresa de consultoria Tüv Süd pelo caso.

Com a decisão, o grupo agora poderá ir a júri popular em Brumadinho —eles são acusados pelo Ministério público de Minas pelo homicídio doloso (quando há intenção de matar) das 270 vítimas da tragédia.

PIPOCA

A diretora Maria Augusta Ramos recebeu convidados como o ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar na pré-estreia do documentário "Amigo Secreto". A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, compareceu ao evento, que ocorreu no Espaço Itaú de Cinema, em São Paulo, na segunda-feira (13). Os advogados Gabriela Araújo, Marco Aurélio de Carvalho e Dora Cavalcanti também foram assistir ao filme.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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