A promotora Gabriela Manssur, conhecida por atuar em casos como o do médium João de Deus e do empresário Samuel Klein, pediu exoneração do Ministério Público de São Paulo para concorrer a deputada federal pelo estado paulista.
Como mostrou a Folha nesta quinta (14), ela também é um dos nomes cotados para disputar o pleito deste ano como vice do governador e pré-candidato Rodrigo Garcia (PSDB).
A decisão pela exoneração ocorre após Manssur ter sua licença remunerada cassada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e encerra uma trajetória de 19 anos no órgão.
A licença havia sido concedida pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo. De acordo com a decisão, ela poderia continuar recebendo os salários durante a campanha eleitoral.
Segundo o ministro do STF, a proibição de concorrer a cargos políticos se aplica a quem ingressou na instituição a partir da Constituição de 1988, como é o caso de Manssur. "Nem mesmo obtenção de licença ou afastamento seria suficiente para legitimar o exercício de atividade político-partidária por membros da instituição", diz a decisão.
Gilmar Mendes afirmou ter chamado atenção a informação de que, embora tenha sido alertado por membros do Conselho Superior do Ministério Público sobre a ilegalidade do afastamento, Sarrubbo insistiu que o benefício deveria ser concedido em nome de uma "estratégia nacional" para aumentar a representação do órgão junto ao Congresso.
Manssur diz que respeita a decisão da corte, embora não concorde. "Eu tenho o meu ponto de vista da garantia dos meus direitos como cidadã brasileira, mas eu respeito a decisão judicial e cumpro, como eu sempre fiz na minha vida, nunca afrontando o sistema de Justiça", afirma.
"Estou saindo de cabeça erguida com a sensação de que fiz o impossível pelo Ministério Público com suor, sangue e lágrimas porque eu abdiquei de muitas coisas pessoais pela minha instituição", segue ela.
Ela vai tentar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo MDB-SP para defender pautas relacionadas aos direitos das mulheres. O convite, diz, veio do ex-presidente Michel Temer (MDB) e do presidente nacional da legenda, Baleia Rossi.
Manssur diz que o Brasil está vivendo "um abate feminino". "Nós somos vistas como pedaços de carne. Se o coletivo feminino não tiver liberdade para pautar e aprovar as suas próprias políticas públicas, nós não vamos avançar e vamos continuar sendo tratadas como minorias", afirma.
A pré-candidata defende penas mais duras de crimes contra a mulher, além da criação de secretarias municipais e estaduais da mulher, incluindo um ministério próprio.
QUADRINHOS
A atriz Mariana Ximenes posa para foto como Madame Frufru em "Turma da Mônica – A Série", produção da Globoplay que estreia no próximo dia 21. Na história, ela se muda com a filha Carminha Frufru (Luiza Gattai) para uma mansão do bairro do Limoeiro, onde moram os outros personagens criados pelo desenhista Mauricio de Sousa.
A atriz diz que a personagem "é uma mãe superprotetora e que ‘julga’ as pessoas. Perfeccionista e metódica, ela é severa com a filha". A produção foi toda gravada em Poços de Caldas (MG).
"O bom de filmar numa locação é poder estar com a galera. Fizemos várias leituras com os diretores, conversas e encontramos um caminho que ajudou na construção da Madame", afirma a atriz. "É muito simbólico poder participar desta série. Eu sou de uma geração que leu muito gibi e isso é uma tradição na minha família", segue Ximenes.
com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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