Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Eleições 2022

Manifesto em apoio à chapa Lula-Alckmin incomoda gestão da Confederação Israelita do Brasil

Presidente da entidade, Claudio Lottenberg diz que não há necessidade de hostilizar candidatos e que processo eleitoral deve ser saudável

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Um manifesto suprapartidário intitulado "Judeus e judias com Lula e Alckmin", lançado no início deste mês e assinado por intelectuais, políticos e advogados, causou incômodo na gestão da Confederação Israelita do Brasil (Conib).

O ex-governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Lula durante encontro com movimentos sociais, em São Paulo - Nelson Almeida - 27.mai.2022/AFP

NEM UM NEM OUTRO

Em junho deste ano, a entidade reuniu 14 federações em torno de um outro manifesto em que os signatários afirmavam, categoricamente, que a comunidade judaica brasileira não tem candidatos oficiais. O documento, que tem como mote a defesa da pluralidade de ideias, condena discursos de ódio e a banalização do holocausto.

RECORDAÇÃO

O texto em apoio à pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), por sua vez, defende que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja derrotado em primeiro turno. Diz também que seu desprezo por minorias foi evidenciado na campanha de 2018 e que muitos judeus "não se deixaram enganar pelo canto da sereia".

CONTRA

O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, diz que já esperava por "movimentos dessa natureza", mas discorda do tom adotado. "Quando você cria um movimento que não é de apoio, mas de ser contra, no momento de escolha de um presidente...", diz.

DESNECESSÁRIO

"Acho que não há necessidade de a gente hostilizar, ser contra ou ser a favor de um candidato. Prefiro uma sociedade que seja mais tolerante e de respeito, não ser contra ninguém", continua.

DO JOGO

Lottenberg pondera que a comunidade judaica tem pontos de divergência, assim como ocorre na sociedade, de um modo geral. E diz ver com preocupação episódios como o assassinato do petista Marcelo de Arruda por um bolsonarista em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Claudio Lottenberg durante jantar da 50ª Convenção Anual da Conib, em São Paulo - Greg Salibian - 2.out.2019/Folhapress

ALERTA

"O processo eleitoral é um processo saudável, devem vigorar posições antagônicas. Não dá nem para entender o que aconteceu [em Foz do Iguaçu]. De repente alguém aparece e mata uma outra pessoa porque ela tem identidade com outra liderança política. Acho que é um extremismo. Fico preocupado que vá se repetir", afirma.

LÁ E CÁ

Cotado para assumir o Ministério da Saúde após a saída de Luiz Henrique Mandetta, em 2020, Lottenberg diz não ter relações estreitas com a gestão Bolsonaro. "Não falo com o presidente há mais de um ano", afirma. "É bom manter interlocução com todos. Com o presidente, com grupos de oposição, com a sociedade política", contemporiza.

LETRAS

A cantora Karina Buhr recebeu convidados, na semana passada, na Livraria da Travessa, em São Paulo, para o lançamento do seu livro "Mainá". A escritora Andréa del Fuego e o guitarrista Edgard Scandurra prestigiaram o evento.

com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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