A assessoria do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), rebate declarações do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, sobre contratos para a expansão da Linha 5 do Metrô paulistano.
Na semana passada, a obra virou ponto de discórdia entre Lula (PT) e Tarcísio.
O presidente afirmou, em um evento em São Paulo, que não assinaria um contrato para a liberação de recursos para a contratação da estação do Jardim Ângela porque o governador estava ausente. E citou a Caixa Econômica Federal (CEF), que seria a financiadora do projeto.
Tarcísio respondeu com uma postagem no Twitter dizendo que estava "almoçando com a tranquilidade de quem sabe" que o aditivo para a realização da obra já tinha sido assinado, independentemente de financiamento do governo federal.
Foi então que Mercadante entrou na disputa afirmando à coluna que "o BNDES merece respeito" e elencando uma série de financiamentos já aprovados pelo banco para o estado de São Paulo.
A assessoria de Tarcísio afirma que "o governador falou uma coisa e ele [Mercadante] está respondendo outra".
Segundo a assessoria, ao ser convidado para o evento com o presidente, Tarcísio recebeu um documento com uma reafirmação de compromissos de financiamento de obras que citava a linha 2 do Metrô, e não a linha 5 à qual Lula se referiu no evento.
Para esta última linha, o governo paulista pediu financiamento ao BNDES, ainda não autorizado.
A assessoria do governador afirma, portanto, que não poderia existir qualquer documento a ser assinado por Lula e Tarcísio no evento em São Paulo. Menos ainda com a Caixa Econômica Federal, também citada por Lula e que não tem nada a ver com o projeto.
A coluna questionou o BNDES sobre o equívoco apontado pelo Governo de SP.
Mercadante afirma que se referia a um contexto mais amplo, em que o banco tem R$ 11 bilhões de créditos já aprovados para o estado.
Destes, R$ 6,4 bilhões são para o trem intercidades, R$ 3,6 bilhões para a aquisição de 44 composições para a linha 2 do metrô e R$ 1,3 bilhão para o Rodoanel Norte.
Até hoje, diz ele, não houve evento conjunto para anúncio das obras.
"A minha luta é para reconstruímos relações republicanas no Brasil", afirma ele, citando que nas gestões anteriores de Lula e Dilma Rousseff sempre houve boa convivência administrativa com governos do PSDB, que faziam oposição aos petistas.
PALAVRA
A escritora argentina Camila Sosa Villada recebeu convidados no evento de lançamento de seus livros "Tese sobre uma Domesticação" (Companhia das Letras) e "A Viagem Inútil" (Fósforo), realizado no Cineclube Cortina, em São Paulo, na noite de quarta-feira (3). O ator Caio Blat participou de uma leitura de trechos das obras com a autora, sob direção da atriz e diretora Maria Manoella.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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