Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Rússia Xi Jinping

'Esmagadora', vitória reforça 'mão' de Putin

WSJ vê confronto crescente com Ocidente; na China, Xi também dá 'show de autoridade'

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Cabeçalho da cobertura eleitoral do russo Izvestia Reprodução

Nelson de Sá
São Paulo

Na manchete do principal jornal russo, Kommersant, Vladimir Putin foi agradecer sua votação ao público de um show em comemoração aos quatro anos da anexação da Crimeia —condenada no Ocidente. Na imagem acima, o cabeçalho da cobertura eleitoral do Izvestia.

Nos EUA, sem destacar, o New York Times reconheceu que, com “aprovação retumbante”, ele recebeu um “mandato amplo”. O Wall Street Journal ressaltou o dia todo que “venceu a reeleição com ampla margem, reforçando sua mão em meio a confronto crescente com o Ocidente”.

Na Europa, o londrino Financial Times deu enunciado dizendo que foi “vitória esmagadora” (landslide). Na França, tanto Le Monde como Le Figaro manchetaram o resultado “amplo”.  Na Alemanha, a “vitória clara” foi o destaque de Frankfurter Algemeine e Süddeutsche.

Este último ressaltou que, para recuperar a economia, ele precisará conversar com a União Europeia, porque “a China não se mostrou um parceiro alternativo auspicioso”. Em entrevista coletiva, porém, Putin reafirmou a China como “parceiro estratégico”, com “projetos compatíveis”.

Declarou também, resultando na manchete do financeiro russo RBC, que não planeja mudar a Constituição, “no momento”. Pela Carta, ele fica no poder até 2024.

XI TAMBÉM

Na manchete impressa do Sunday Morning Post, de Hong Kong, “Xi inicia segundo mandato com show de autoridade”. O jornal de Jack Ma, dono do Alibaba, enfatiza que o presidente e seu vice, “aliado próximo”, não têm mais “limites para o tempo em que ficarão nos cargos”.

O Global Times, edição em inglês de tabloide ligado ao PC chinês, ressaltou que no sábado “Xi também foi eleito por unanimidade presidente da Comissão Militar” —e foi congratulado pelos presidentes dos vizinhos comunistas Coreia do Norte, Vietnã e Laos, mais o Paquistão.

G20 E AS TARIFAS

O WSJ adiantou, sobre o encontro de ministros de finanças do G20 em Buenos Aires, que “a atenção se voltou para as tarifas dos EUA” e “grande parte do mundo vai tentar pressionar” —a começar do Brasil, cujo Ministério da Fazenda confirmou estar “muito preocupado”.

Já a Argentina de Mauricio Macri negocia diretamente com Donald Trump e, segundo o WSJ, não quer o assunto na pauta.

 
Reprodução

COLHEITA

A partir de revelações de um ex-funcionário (acima) da Cambridge Analytica, Observer, NYT e Channel 4 mostraram que 50 milhões de perfis do Facebook foram "colhidos" e ajudaram depois a eleger Trump. Já se fala em chamar Mark Zuckerberg para depor.

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