A repórter Carole Cadwalladr, que levantou a notícia que se tornou ameaça existencial para o Facebook, ironizou no Twitter:
“Querido Mark Zuckerberg, você deu entrevistas para um monte de veículos, mas não para o Guardian & Observer. Nós demos o furo em 2015. Nós encabeçamos as reportagens no fim de semana. Você usou ameaças legais para tentar nos impedir. E agora, você... nos ignora?”
A ameaça legal feita pelo Facebook contra o Guardian/Observer na última sexta agora é criticada publicamente por Campbell Brown, a executiva do Facebook voltada para jornalismo.
Em evento do Financial Times sobre O Futuro da Notícia, ela afirmou que a ameaça “não foi nosso momento mais inteligente”, como destacaram Variety e outros.
Nada mais parece dar certo para o Facebook, e no mesmo debate Brown escorregou ao declarar que sua rede social, como descreveu o FT, “está ‘se movendo na direção’ de credenciar jornalistas como fontes confiáveis de notícias”.
Na mesma mesa estava o executivo do Google voltado para jornalismo, Richard Gingras, que reagiu de imediato: “Do ponto de vista da Primeira Emenda [constitucional nos EUA, que garante a liberdade de imprensa], nós não queremos ninguém credenciando quem é jornalista.”
A reação de jornalistas por Twitter foi generalizada, e Brown passou à defensiva também na plataforma.
FALHA ÉPICA
Na capa da nova edição da Economist, acima, o "colapso da reputação" do Facebook, cuja "alquimia de pegar dados sem pagar e manipulá-los pode morrer".
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