Na manchete do Financial Times, Donald Trump abriu exceção para os “amigos de verdade”, expressão dele. Foi depois de um “lobby furioso”, acrescentou o New York Times.
No destaque do Wall Street Journal, ele “poupou aliados” como Canadá e México e, segundo fonte da Casa Branca, a decisão pode resultar em tarifas maiores sobre os outros, para compensar.
O Washington Post confirmou que, se as exceções a México e Canadá se tornarem “permanentes, as tarifas sobre outros países podem passar dos 25%” anunciados.
O WSJ enfatizou que um dos planos levados a Trump pelo Departamento de Comércio prevê, para poupar aliados, “impor uma tarifa de 53% do Brasil à China”.
No alemão Süddeutsche, “só ‘amigos de verdade’ são poupados, e a Alemanha obviamente não entra na categoria”. Até “pelo contrário, o presidente americano se referiu explicitamente à Alemanha como país que ‘explorou enormemente os EUA’”.
E o South China Morning Post informou que o ministro chinês do exterior declarou que “escolher uma guerra comercial é a receita errada” e “a China certamente dará uma resposta apropriada e necessária”.
Segundo o WSJ, a associação dos produtores de soja dos EUA ouviu, de enviados do governo chinês, que o contra-ataque começará pela soja.
GUERRA
A capa da nova edição da Economist traz a ilustração acima e a manchete "A ameaça ao comércio mundial", sobre as tarifas impostas por Trump, que seriam "apenas o começo".
PORTA ABERTA
Para o NYT, o acordo comercial de 11 aliados americanos do Pacífico, como Canadá, México e Japão, foi “um desafio a Trump”, que havia tirado os EUA da negociação.
Já para o WSJ o acordo, na forma que tomou, “visa pressionar a economia da China e deixar a porta aberta para os EUA voltarem”.
EMBRAER ETC.
A Reuters despachou para sites de NYT e outros que o Conselho de Iniciativa Espacial, associação de empresas americanas “presidida pela Boeing”, propôs utilizar a Base de Alcântara como “espaçoporto comercial”. Mas que isso “depende de acordo para salvaguardar tecnologia dos EUA”.
Uma tentativa anterior “enfrentou a resistência do governo esquerdista do ex-presidente Lula”, porém agora “a expectativa é que o novo esforço seja aprovado com facilidade por um Congresso brasileiro mais conservador”.
‘OVERLOOKED’
O NYT esperou o dia da mulher para lançar uma nova seção nos seus obituários, com textos sobre mortos ‘negligenciados’ pelo jornal à época, como a poeta Sylvia Plath, que se suicidou em 1963 (acima).
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.