Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu petrobras

Petrobras 'mergulha' e venda do pré-sal 'só atrai um lance'

FT e WSJ cobrem diariamente a crise na estatal; para Xinhua, greve 'afeta a produção e a vida'

Fechando o dia, surgiu nos sites de New York Times e outros o despacho “Brasil só recebe oferta da Shell por seu petróleo do pré-sal”, da agência Reuters, citando “fonte”. O leilão da Petrobras, com a produção de campos como Lula, será na quarta e “só atraiu um lance”.

Financial Times e Wall Street Journal seguiram em sua cobertura diária da crise na estatal, com títulos como “Ações da Petrobras mergulham” ou “levam tiro”. Na agência chinesa Xinhua, “greve geral dos caminhoneiros afeta a produção e a vida” no Brasil.

Por outro lado, FT e WSJ destacaram, de São Petersburgo, que o ministro do petróleo da Rússia anunciou que vai discutir com seu colega da Arábia Saudita “uma gradual recuperação da produção”.

Foi o acordo de ambos em janeiro de 2017, para cortar produção, que iniciou a recuperação nos preços —acelerada agora com a retirada dos EUA do acordo com o Irã.

MACRON & PUTIN

No francês Le Figaro e no russo Kommersant, os dois presidentes trocaram gentilezas em São Petersburgo. Ao fundo, a petroleira francesa Total entrou com 10% num projeto da russa Novatek no Ártico. E a União Europeia encerrou uma ação antitruste de sete anos contra a russa Gazprom.

MERKEL & XI

Na manchete do Frankfurter Allgemeine, “Nos braços da China”, com foto da chanceler alemã com o presidente chinês. “A China está agora muito mais autoconfiante, e Merkel não pode mais confiar nos antigos aliados”, resume a análise do jornal alemão.

South China Morning Post e Global Times (Huanqiu) também destacam a visita, com o segundo sublinhando que ambos precisam se unir “contra o protecionismo”.

AMÉRICA SOZINHA

Na manchete do alemão Süddeutsche, sobre a suspensão do encontro com a Coreia do Norte pelos EUA, “América primeiro? América sozinha!”.

No FT, o colunista Gideon Rachman creditou o fracasso nas negociações às seguidas menções dos EUA à Líbia. A análise do Washington Post, também.

ANTIGAFA

Acontece nesta sexta o que o financeiro francês Les Échos chamou em manchete de “big bang” da proteção de dados —a entrada em vigor da regulação europeia.

Em entrevista, Macron diz que agora vai “lutar até o fim” para taxar o Gafa (Google, Apple, Facebook e Amazon).

Especial da revista CJR mostra que Facebook e Google se tornaram dois dos maiores financiadores do jornalismo. Credito Reprodução

SIGA O DINHEIRO

Com a ilustração acima, na CJR, da Universidade Columbia, “Como Facebook e Google se tornaram dois dos maiores financiadores do jornalismo no mundo”, distribuindo meio bilhão de dólares.

A longa reportagem lista e ouve justificações de projetos como a rede de checadores do Poynter, o Instituto Reuters (Oxford), o Nieman Lab (Harvard), de acadêmicos como Jeff Jarvis (City University of New York) e da Fundação Knight, todos receptores de recursos do duopólio —além de outros envolvendo os próprios veículos.

“É realmente difícil avaliar quão independente o jornalismo pode ser nestas circunstâncias”, diz Emily Bell, de Columbia.

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