Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

'Ovelha negra', 'demolidor', Trump chega isolado ao G7

'Não nos importamos em assinar um acordo de seis países', ameaçou Macron, via Twitter

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Na ilustração de capa da Economist, sobre a política externa dos EUA, ‘O Demolidor’
Na ilustração de capa da Economist, sobre a política externa dos EUA, ‘O Demolidor’

As manchetes digitais do New York Times ao canadense Globe and Mail e ao francês Le Monde, entre diversos europeus, se voltaram para o isolamento dos EUA na cúpula do G7, que começa nesta sexta no Quebec, no Canadá.

No NYT, “Trump vai para o G7 depois de alienar a maioria dos aliados”. Logo abaixo, descreve-o como “a ovelha negra da família que brigou com seus parentes pouco antes de chegar para o jantar”.

No financeiro Les Échos, “Trump encara frente unida no G7”. O Washington Post destacou que os EUA correm o risco de “serem excluídos da declaração final do G7”, como ameaçou Emmanuel Macron.

“O presidente americano pode não se importar em ficar isolado”, tuitou o líder francês, “mas nós também não nos importamos em assinar um acordo de seis países se necessário”.

Trump surgiu ainda na capa das revistas The Economist, sentado sobre uma bola pendular de demolição, e Time, vendo-se coroado num espelho. No enunciado do editorial da primeira, sobre a sua política externa, “O Demolidor” (Demolition Man).

O WP destacou ainda o presidente russo, Vladimir Putin, em sua entrevista anual de TV, comparando as novas tarifas americanas às sanções e dizendo que “nossos parceiros europeus” não quiseram ouvir quando ele alertou para “o perigo de um mundo dominado pelos EUA”.

 

DOMINÓ

O economista-chefe da empresa financeira alemã Allianz, Mohamed El-Erian, tuitou na quarta que o Brasil tem “pouco espaço para erro” e perguntou: “Depois de Argentina e Turquia, o Brasil é o próximo a enfrentar os mercados cambiais disruptivos?”.

Ecoou amplamente na quinta, até em sites financeiros de China e Rússia, questionando se a nova peça do “dominó” vai apelar, como os anteriores, para o aumento de juros —questão também levantada, seguidas vezes, pelo Financial Times.

QUEDA LIVRE

Terça, no FT: “Real brasileiro de volta às cordas apesar da intervenção do Banco Central”. Quinta, no FT: “Real brasileiro escorrega apesar de mais intervenção do BC”.

O jornal financeiro londrino usa metáforas cada vez mais carregadas para o país, como “história de terror”. Também a Bloomberg, com imagens como “queda livre”.

SINISTRO

A nova Economist afirma que a greve dos caminhoneiros “marcou um início sinistro para a temporada eleitoral”, fazendo Jair Bolsonaro saltar à frente. “O único político que o vence nas pesquisas é Lula, mas é improvável que seja habilitado a concorrer.”

Longa análise no Le Monde vai pela mesma linha, “O Brasil frente ao risco do pior” —em referência a Bolsonaro.

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