Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Copa do Mundo

'Milhões mudaram de opinião sobre nosso país', diz Putin

Presidente russo chega nesta segunda a Helsinque para cúpula a sós com Trump

‘Vladimir Vladimirovich’ na coletiva pós-jogo - kremlin.ru/Reprodução

Donald Trump, via Twitter: “Parabéns ao presidente Putin e à Rússia por terem realizado uma grande Copa - uma das melhores de todos os tempos!”.

Em mangas de camisa, em coletiva improvisada, “Vladimir Vladimirovich”, como era tratado pelos repórteres russos, mal se continha em Moscou. Como destacaram em seguida Kommersant e outros, Putin declarou, em russo:

“Milhões de pessoas, não milhares, mas milhões, simplesmente mudaram de opinião sobre o nosso país.”

No sábado, em inglês, “que raramente usa em público”, como anotou a Reuters, Putin já havia dito: “Mitos e estereótipos se dissiparam”.

Pouco depois de tuitar, como mostrou ao vivo a TV finlandesa Yle, Trump desembarcou em Helsinque para a cúpula com o colega, que só chega nesta segunda.

Em entrevista a Larry King, ex-CNN e que agora tem programa na russa RT, o chanceler Sergei Lavrov adiantou que, “como o lado americano propôs”, os dois presidentes se reunirão a sós, com intérpretes —como “Putin prefere, por uma questão de expressar melhor as suas opiniões”.

FIM DO ISOLAMENTO

Em defesa da cúpula, Trump voltou a tuitar contra “grande parte da nossa mídia, que é mesmo inimiga do povo”. Na verdade, os maiores jornais americanos se dividiram. Para a manchete crítica do New York Times, “Só por se encontrar com Trump, Putin já sai vencedor”.

Para a do Wall Street Journal, por outro lado, “Conversa Trump-Putin alivia isolamento da Rússia”. Mais até, ela “vai marcar o fim simbólico do esforço americano para isolar a Rússia depois da anexação da Crimeia em 2014”.

OS INIMIGOS DOS EUA

Em entrevista à CBS (acima), Trump foi questionado sobre "seu maior inimigo globalmente" e respondeu "num sentido comercial", pela ordem, com União Europeia, Rússia e China.

NYT e o alemão Süddeutsche destacarem só a UE. O francês Le Monde deu o enunciado "Trump acredita que Rússia, UE e China são inimigos econômicos".

 

LULA LÁ

Dilma Rousseff defendeu Lula no 24º Foro de São Paulo, em Cuba, para veículos como Juventud Rebelde e a agência Prensa Latina (acima). Gleisi Hoffmann também.

Fechou duas semanas de pedidos por "Lula Libre" na América Latina, dos colombianos Gustavo Petro e Ernesto Samper ao boliviano Evo Morales e à chilena Michelle Bachelet.

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