Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Eleições 2018

Da ameaça ao pânico, WhatsApp volta a lotar postos no país

Checadores passam a priorizar o 'mundo fechado' do aplicativo, que deixou Facebook para trás

Domingo à tarde, correram por WhatsApp e mídia social fotos de filas nos postos de combustível, em Minas.

Era efeito de outras mensagens, com comunicado de origem obscura (acima) e ao menos três áudios com ameaças, compartilhados desde a sexta (31), sobre nova greve de caminhoneiros. Líderes negaram, mas os postos lotaram mesmo assim.

Pouco antes, a Associated Press despachou a reportagem “Jornalistas desmascaram rumores no WhatsApp antes da eleição no Brasil”. Abriu citando o caso do “jatinho do filho do Lula”, desbancado pelo projeto de checagem Comprova, um dos que vêm priorizando entrar no “mundo fechado do WhatsApp”.

A AP lembra que em maio o aplicativo “ajudou caminhoneiros independentes a organizar uma greve nacional”.

WHATSAPP SOBE

No site Meio & Mensagem, “22% dos brasileiros deleteram uma conta de rede social no último ano”, segundo pesquisa Mintel. A consultoria britânica arrisca que, por estarem em muitas plataformas, eles vêm deletando as que “já não despertam interesse”.

Dos 1.500 ouvidos, 83% afirmaram que acessam o WhatsApp várias vezes ao dia. Facebook, 62%. YouTube, 50%.

 

APRESENTAÇÃO

A decisão do TSE contra a candidatura de Lula ecoou amplamente, com New York Times, Le Monde, Süddeutsche e econômicos como Financial Times e Les Échos passando a tratar de imediato da apresentação e das chances de Fernando Haddad. Citam que o “filho de comerciantes libaneses” foi ministro da Educação de Lula e prefeito de São Paulo.

Alguns, como o Guardian, arriscam que o maior beneficiado pode ser Jair Bolsonaro.

‘ATÉ O MOMENTO’

Haddad pode ser oficializado só na sexta, 7 de Setembro, segundo o site da ex-porta-voz Helena Chagas.

Mas o vaivém do TSE na madrugada, com a manutenção de Lula na propaganda, confundiu a Globo. O aplicativo do G1, site da emissora, destacou ao longo do domingo que vai começar a entrevistar presidenciáveis: “Mande sua pergunta”. A lista inclui “Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, anotando que “até o momento [ele] não poderá participar”.

PAZ E AMOR

A Reuters já começou a cobrir Haddad. Em reportagem “exclusiva”, diz que ele “se encontrou com investidores para amansar temores”.

Falou com “JP Morgan, Morgan Stanley, Itaú, UBS, BTG Pactual, XP Investimentos e Guide Investimentos” e vai falar com Credit Suisse e a federação dos bancos, Febraban. A Reuters ouviu cinco deles e diz que “se impressionaram [com a] abordagem econômica pragmática”.

No WSJ, com foto de Lianne Milton, brasileiros endividados no guichê

FALTA CONCORRÊNCIA

Depois da Economist, agora é o Wall Street Journal que dá reportagem sobre como os “juros no céu ferem consumidores brasileiros”. No subtítulo, responsabiliza a “falta de concorrência entre os grandes bancos brasileiros, com taxas médias de 53%”. São os juros “mais altos entre os 55 países desenvolvidos e subdesenvolvidos” do ranking da Trading Economics.

 

ALMA

Sylvia (@guimasylvia) tuitou às 19h52 o vídeo que correu mundo, escrevendo: "Espero que não seja no Museu Nacional".

Fausto Silva noticiou depois, na Globo, que ele "destrói um pouco da alma deste país".

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