Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

EUA desaceleram e 'trégua' à China busca salvar 2019

Por NYT, WSJ e FT, crescem alertas sobre perda de fôlego da economia global

A “trégua” entre Trump e Xi foi manchete ao longo do domingo no Wall Street Journal e no Financial Times, este com o qualificativo de que é “frágil”.

Mais importante, em sua análise, o FT afirma que ela “fornece tempo a Pequim para se estabilizar” e ressalta: “Conforme a economia dos EUA desacelera, a China será fundamental para o crescimento global em 2019”.

O alarme com a desaceleração global, tocado pelo WSJ há duas semanas, prossegue. O New York Times, que também deu manchete à “trégua”, avalia que “a economia global está agora se enfraquecendo palpavelmente”, EUA inclusive.

E o WSJ acrescentou que a bolsa americana já está deixando de ser a “exceção” no mundo, com suas ações perdendo fôlego há semanas.

SEM PROTAGONISMO

Na cobertura do G20, o argentino La Nación dedicou análise ao vizinho, “Brasil, o gigante silencioso que perdeu protagonismo”. Lista a sociedade dividida, o novo governo de “tom machista, homofóbico e racista”, capaz de “ofender amigos do Mercosul” e a China etc.

BRAZILIAN NEWS

Eduardo Bolsonaro, em viagem aos EUA, tuitou fotos de visitas a políticos conservadores como o senador Marco Rubio, da Flórida, e o ex-prefeito Rudolph Giuliani, advogado de Trump. Também entrevistas à Fox Business, canal financeiro do grupo da Fox News (acima, com o apresentador Lou Dobbs), e ao “maior jornal brasileiro da Flórida”, o Gazeta Brazilian News, em português.

Fez e compartilhou ataques a Fernando Haddad, também em viagem aos EUA.

INTERNACIONAL

De sua parte, Haddad tuitou fotos dos encontros que teve com o senador Bernie Sanders (acima), a escritora Naomi Klein e o ex-ministro grego Yanis Varoufakis. Eles e outros participaram do lançamento da Internacional Progressista, ideia de Sanders.

68 DAS CLASSES MÉDIAS

Na capa do Libération desta segunda (acima), a França de Emmanuel Macron aparece "submersa" pelos protestos dos "coletes amarelos". E análises nos tradicionais Le Monde e Le Figaro tentam explicar as manifestações, que uniram extrema esquerda e direita.

No primeiro: “Precisamos inverter a perspectiva. Não perguntar por que existe tal convergência, mas contra o quê”. E a resposta é “Macron e suas reformas”.

O segundo apelou ao historiador e ex-líder sindical Jacques Julliard para dar um nome ao que está acontecendo em 2018: “O Maio de 1968 das classes médias”.

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